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LGBTs não estão acrescentando a letra P, de pedofilia, à sigla da comunidade, isso é fakenews!

LGBTs não estão acrescentando a letra P, de pedofilia, à sigla da comunidade, isso é fakenews! Entenda a origem da mentira.

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🕓 5 min de leitura

Ativistas anti-LGBTs continuam a insistir na idéia há muito tempo refutada de que a homossexualidade e a pedofilia estão de alguma forma conectadas, apesar da total falta de provas científicas. Em dezembro de 2017, por exemplo, a usuária do Facebook, Keya Hopkins, compartilhou uma imagem supostamente mostrando um panfleto em apoio aos direitos “LGBTP”, alegando que o “P” significava “pedossexual”.

LGBT está adicionando a letra P para Pedosexual. Embora soubéssemos que estava próximo, partiu meu coração ver a aceitação dele. Pedofilia é quando você tem “relações” com crianças. O pedossexual é exclusivo apenas para meninos. Nós oficialmente não podemos proteger nossos filhos. Este mundo pode acabar agora! #terminei

Este não é um panfleto genuíno de um grupo LGBT, nem nenhum grupo LGBT já tolerou a pedofilia, muito menos anunciou que um “P” seria adicionado à sigla para mostrar apoio aos pedófilos.

Este cartaz fraudulento parece ser o trabalho de uma campanha de desinformação do 4chan que começou com um tópico de 23 de junho de 2016 sobre enganar ativistas LGBT para apoiar pedófilos. Estas campanhas de “PsyOps” são geralmente destinadas a enganar (“redpilling”) as pessoas a verem a “realidade”. Vários usuários concordaram com suas idéias de como fazer e promover o pôster, que originalmente incluía o slogan “Love Is Ageless” (amor não tem idade):

Tudo bem, seus idiotas. Vocês estão permitindo que a “comunidade” LBGTQ seja mais esperta que vocês. Se eles querem exigir que a sociedade aceite suas identidades de merda, então é hora de fazê-los cair em em uma das nossas armações, pelos deuses. Como vamos fazer isso? Nós os convenceremos de que Pedos [pedófilos] também merecem direitos. Pense nisso, se isso atrair alguma reação, apenas removeria qualquer legitimação que eles tenham obtido.

Inundem o twitter com #LGBTP e #LoveIsAgeless (amor não tem idade) com fotos como esta.

Isto. Vocês tem que agir como se fosse outra forma de identificação sexual. Nenhum amor é uma merda eterna. Você tem que começar uma coisa no Tumblr primeiro para legitimar as coisas, e então eventualmente começar devagar, e depois postar essa e continuar empurrando, eventualmente as pessoas irão lutar pelos direitos dos molestadores!

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Nem foi a última vez que um grupo do 4chan tentou isso. Um tópico de janeiro de 2017 intitulado “LGBTP Geral: Subversive Memesmithing Edition” estabeleceu novos planos para difundir a ideia de que a comunidade LGBT apoia a pedofilia:

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Saudações, venho a vós como um humilde acólito de memes. Gostaria de propr uma operação psicológica* destinada a gerar repulsa para o crescente movimento de aceitação à pedofilia. Essa operação, como você pode deduzir, introduzirá pontos fracos no movimento LGBT ao adicionar a letra P à sigla.

A esquerda tem continuado a empurar suas perversões e esta ação influenciará o sentimento do público contra o movimento LGBT. Esta operação, se realizada com sucesso, garantirá diversos benefícios.

Primeiro, associar a comunidade LGBT com uma praga que, na verdade, é uma praga verdadeira: vocês sabem que esses boiolas molestam crianças em um nível muito alarmante.

Segundo, essa ação afetará diretamente a comunidade LGBT(P), já que alguns deles ACEITARÃO estes vermes em seus braços. Isto será incrivelmente prejudicial na vida pública dos LGBT, já que poderão perder trabalhos e apoio público.

Terceiro, encorajará mais pessoas a perder a segurança que eles conquistaram, sendo que isso será uma ilusão criada (por nós e por aliados) a destruirem os LGBT.

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Fase 1 – Introduzir a campamnha de aceitação da pedofilia pelos LGBT usando o Twitter e outras redes. Já offline, cartas para editores de revistas e/ou redes de notícias se passando por uma “pessoa oprimida pelas preferências sexuais”. Já parou pra imaginar se o seu jornal local exibir uma matéria dessa no horário nobre?

Fase 2 – Exponha pedófilios (eles se organizam em lugares próprios), use o Registro Nacional de Agressores Sexuais. Os registros já especificam em “agressões contra menores”. Crie uma lista.

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Fase 3 – Divulgue essas informações/materiais em locais públicos. Use sua imaginação.

Estas são algumas ideias para o primeiro gatilho e alcançar pessoas normais. Use softwares de edição de imagem e use roboôs do Twitter e deixem outros gatilhos rolarem.

Algumas hashtags

WeArentMonsters (NaoSomosMonstros)
GaysForPedoSexuality (GaysPelaPedofilia)
ConsentToLove (ConsentimentoParaAmar)
ChooseNotAbuse (ÉEscolhaENãoAbuso)

*PSYOP no original. São ações planejadas para distribuir informações selecionadas ou influenciar o público a sentir determinadas emoções ou motivações.

Contas falsas se apresentaram como apoiadoras do movimento “LGBT” e pelo menos uma conta se passando por uma organização oficial “LGBT” começaram a forçar a narrativa no Twitter:

Para ser claro, nenhuma organização LGBT saiu em favor do abuso sexual infantil. Além disso, essa tentativa de vincular a homossexualidade à pedofilia estava enraizada no fanatismo, não na estatística:

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Um mito muito devastador é de que a maior parte dos adultos que abusão de crianças são gays. Um grande número de pesquisas se debruçaram sobre esta questão para determinar se homossexuais são mais propensos a serem pedófilos do que heterossexuais. O resultado indicou que não é bem assim,

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Por exemplo, em 1989, em um estudo liderado por Kurt Freund, do Instituto Clark de Psiquiatria do Canadá, cientistas mostraram fotos de crianças para adultos gays e héteros e mediram a excitação sexual. Homens gays tiveram um número similar na reação de fotografias de crianças do sexo masculino com adultos héteros e fotos de crianças do sexo feminino.

Um estudo de 1994 liderado por Carole Jenny na Universidade do Colorado – Centro de Ciências de Saúde pesquisou 269 casos de crianças que foram molestadas sexualmente por adultos. Em 82% dos casos, os acusados de abuso foram um parcerio heterossexual de algum parente próximo da criança. A pesquisa foi publicada no jornal Pediatrics. Em apenas 2 dos 269 o acusado era identificado como gay ou lésbica.

Artigo traduzido por mim, com ajuda de Rodolpho, e postado originalmente aqui pela Snopes. Snopes é uma organização comprometida em expor fakenews e denunciar as farsas e mentiras que tem povoado a internet nos dias de hoje.

E os abutres brasileiros que vivem pregando contra nossa comunidade LGBT já estão fazendo coro a essa falsa campanha de que queremos adotar o P, de pedofilia, em nossa sigla.

Jair Bolsonaro disseminando fakenews contra LGBTs como sempre.

E seu filho, Carlos Bolsonaro, fazendo o mesmo. 

Mas coerência e compromisso com a verdade não é algo que esperamos dos Bolsonaro, não é mesmo?

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Não permitam que mais essa mentira contra nós seja propagada, denunciem e compartilhem esse artigo com seus familiares, amigos e conhecidos. Somente unidos e munidos de informações verdadeiras, e não fakenews, que vamos vencer nossos opressores. Sigam resistindo e existindo, comunidade LGBT!

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