Durante a quarta temporada de RuPaul’s Drag Race, numa incrível reviravolta, Willam foi expulsa da competição no episódio em que tinha vencido o desafio principal da semana. Na época, foi dito que a queen foi expulsa por ter tido relações sexuais com o marido que descobriu em que hotel ela estava, o que violava as regras do programa “de não ter contato com amigos/familiares durante as gravações secretas do reality”. Contudo, em resposta a Leslie Jones no Twitter que questionou a Willam o que estava acontecendo em Drag Race no momento de sua expulsão, a queen resolveu colocar a boca no mundo e revelar grandes segredos de bastidores e o verdadeiro motivo de sua expulsão. Senta que lá vem história.
Parte 1
Parte 2
EPISÓDIO 1: Depois de ser a primeira a entrar na Workroom e assistir à entrada das outras garotas, Sharon chega, se faz de tola e eles param tudo e a deixam fazer sua entrada novamente. Eu pedi pra fazer a minha de novo e me disseram NÃO e eu disse que ou eles eram justos com todas ou com nenhuma. Os produtores me puxaram de lado e disseram que eu não mando em nada e que era pra eu ficar de boa. Também nos disseram pra não “fazer contato visual ou puxar assunto” com a Ru, mas Mathu depois me contou que é assim com a produção inteira e isso na verdade faz muito sentido. Falar oi pra todo mundo e conversar um pouquinho não é muito do perfil dela e acho que é cansativo pra ela.
DIA DA GRAVAÇÃO DA PROMO: Um assistente de produção passou e agarrou meu traseiro, flertando comigo e com a Kenya. Eu contei isso à nossa encarregada Chanel porque o achei um gostoso, nós fofocamos e ela relatou a história ao Casey (outro encarregado). Bem, Casey ficou bravo e denunciou o cara e o colocaram para fazer tarefas que não envolviam interação direta com as queens.
EPISÓDIO 2: Ofereci ao produtor executivo Chris McKim um pouco de sabonete líquido e enquanto ele esfregava as mãos, eu contei que comprei aquilo numa loja na noite anterior onde eu fui com duas outras garotas (nós deveríamos estar nos quartos), porque a produção não providenciou as coisas que pedimos depois de termos dado dinheiro a eles para comprar o que nós precisávamos. No Untucked, eu reclamei que eles estavam explorando a Jiggly emocionalmente no dia do aniversário de morte de sua mãe. Ela estava num péssimo dia e eles intensificaram isso, e eu chamei a atenção dos produtores (Jen & Steven) para esse fato. Steven me disse que se eu não estava gostando, eu podia ir embora. E eu fui. Eles paralisaram. Eu entrei numa outra sala e Jen me seguiu para tentar me trazer de volta. Eu disse NÃO e expliquei porque eu achava que estavam manipulando a Jiggly com mensagens de casa, do irmão dela, num dia tão específico como aquele, e na verdade eu fui ouvida. Boa produção, mas a que custo? Então Jen me pediu para voltar. Eu disse que voltaria se Steven pedisse desculpas. Steven entra e dá uma desculpa meia-boca com sotaque (ele é britânico) pra me conseguir de volta, e tudo que ele diz soa venenoso. Mas, eu voltei mesmo assim.
EPISODIO 3: Depois de sermos liberados do set às 10 da noite, o nosso encarregado tinha 75 dólares para alimentar 12 homens. Uma staff chamada Heather também chamou Latrice de “La-alguma-coisa” no telefone e eu ouvi e achei racista pra caralho. Então eu contei pra Latrice e ela ficou furiosa. Chad, eu e Latrice nos recusamos a entrar na van (porque 75 dólares divididos entre 12 homens não era suficiente nem pra Taco Bell – único lugar aberto àquela hora), então nos trouxeram de volta ao set e nós gritamos com os produtores por não saberem nosso nome e nos tratarem como merda. Nunca tinha comida vegana ou sem gordura pra mim e pra Sharon (essa era uma das coisas que pedimos pra comprar com nosso dinheiro), e nunca nos deixavam fumar quando queríamos. Heather é a mesma mulher que tirou vidro das costas da Shangela com pinças depois que pedaços de vidro se quebraram nas costas dela durante o lipsync do episódio de natal, e quiseram evitar visitas ao hospital e papelada. Ela é a pior!
AINDA NO EPISÓDIO 3: O pit crew entra com uma mesa de rodinhas cheia de coisas quebráveis (vidros) e dizem pra gente se jogar nela. Eu pergunto se vão tirar as rodinhas para a nossa segurança. Dizem que não. Então, seis de nós se jogam, coisas quebram no chão enquanto rodam, e, como resultado, Kenya corta sua perna e começa a sangrar (e eu que sou a problemática).
EPISÓDIO 4: Meu cabeleireiro veio e escovou meu cabelo. Qualquer contato externo era estritamente proibido, mas eu usava o telefone do lobby. Algumas garotas tinham celular, porque a gente ia muito ao shopping do outro lado da rua (tecnicamente não era permitido, mas um dos nossos encarregados era legal, e outro encarregado noturno nos vendia a maconha que ele plantava).
EPISÓDIO 6: Tentei pegar uns sapatos Iron fist e um leque de penas de avestruz. Eu estava bêbada pra caralho e saí do meu barco depois de terem me dito pra não sair. Roubei uma almofada do Interior Illusions Lounge pra fazer de assento do meu barco (eu fui lá e cortei, porque disseram que jogariam fora os nossos barcos, mas eu sabia que eles precisariam devolver a almofada).
EPISÓDIO 8: Eu disse ao Chris, produtor executivo, que tinham roubado meu computador, e fiz questão de dizer isso às outras garotas também porque eu sabia que Phi Phi ia choramingar. (Ela choramingou). Então me deixaram ir pra casa e dois dias depois eu estava no meu pré-agendado voo para Nova York para o Festival de Fringe por Jersey Shoresical (um musical de Danny Franzese – que estava na plateia do episódio 6). Fato aleatório: Derrick Barry era meu substituto. Ele fez 2 shows em Nova York e eu fiz 3 e nós ganhamos o prêmio da audiência.
PÓS: último dia de filmagem da season 4. Depois de voltar de Nova York, transei com o produtor do Untucked (o britânico que eu odiava). Eu me lembro da Visage cochichando pra mim “o que você está fazendo?”, porque ela é amiga do meu marido (nós tínhamos um relacionamento aberto). Então nós fomos ao banheiro para ter privacidade, transamos na cabine, e fomos puxados para fora por um segurança (foi rápido, mas foi bom). Enquanto estávamos sendo escoltados, ele jogou um copo na Raven no palco. Ela apontou para nós e disse “eles – FORA”. A equipe da World of Wonder tentou acalmar os ânimos, porque eu e o britânico estávamos uma bagunça e todos focaram a atenção em nós. Uma vez do lado de fora, eu tentava voltar para dentro, então eu disse ao Chris (produtor do programa e melhor amigo do britânico) que ganharíamos drinks gratuitos de aniversário mesmo estando em Agosto e eu sendo de câncer. Ele olhou fundo nos meus olhos e disse “você É um câncer”. Eu amo uma boa gongada. O britânico me levou pra almoçar meses depois, antes do Reunion, disse que estava muito bêbado, mas hey, o pinto funcionava, então eu tentei transar com ele de novo. Ele desmaiou (eu acho que ali ele estava casado com o diretor de arte de RPDR que tinha sido seu noivo durante todo esse tempo).
REUNION: Queriam meu marido lá. Ele disse não, porque ele sabia que queriam que eu contasse a história conjugal e não estava afim de teatrinho. Então quando eu disse aquela mentira no palco, a câmera cortou para o rosto de um velho aleatório pra parecer que ele era meu marido. De novo: ótima produção de reality show, mas uns merdas como pessoas. Além disso, eles tinham 5 espelhos para 13 homens se arrumarem nos bastidores do Reunion. Ah, e nada de água quente nas três torneiras que tínhamos pra nos barbear. Eventualmente, Michelle nos deixava usar o banheiro dela pra não termos que nos barbear com água gelada. Ah, e a comida era tão ruim que a Latrice arremessou um prato como se fosse frisbee, caiu numa mesa e foi parar numa lata de lixo no fim das contas. Ninguém faria um roteiro melhor. (Depois disso tivemos que pedir comida de fora). Então, isso tudo é WDWD (What did Willam Do) (O que a Willam fez).
E Willam ainda expôs mais um bocado Drag Race em seu twitter.
“Estou confuso. Você está dizendo que foi expulsa porque transou com o britânico? Ele sofreu alguma repercussão? Eu não entendo porque te fizeram mentir. Foi pra salvá-lo do constrangimento já que ele estava noivo?”