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Who’s That Queen? Laura Bell

“Eu não gostei do formato de reality show do programa, mas era o que era”, conta Laura Bell nesta entrevista exclusiva sobre sua participação dupla em The Switch Drag Race.

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🕓 6 min de leitura

O nome oficial é República do Chile, na América do Sul, com Santiago como a capital, o espanhol sendo o idioma e o peso chileno… Bom, com ele você pode dar uma gorjeta para a entrevistada desta edição de hoje da Who’s That Queen?

Andrés Sáez veio ao mundo no dia 12 de setembro de 1988. Desde então, uma coisa em especial ele tem feito muito nos últimos anos, e com empenho: competir em reality shows. Atualmente como Laura Bell no elenco de The Covers – Tributo a Las Estrellas, do canal Mega, estreado no último dia seis de agosto, é semifinalista deste programa apresentado por Karla Constant, justamente a pessoa que nos leva a seus êxitos anteriores.

No comando das duas edições de The Switch Drag Race, Karla foi a testemunha ocular da jornada de Laura em ambas as temporadas, afinal, esta rainha chilena cravou um oitavo lugar em sua primeira participação e, infelizmente, acabou na décima primeira colocação na segunda rodada.

Exibido em primeiro de novembro de 2015, o episódio seis de The Switch Drag Race – El Arte Del Transformismo, merece ser louvado na trajetória de Laura porque é nele que ela vence o desafio de personificação, um remake da cena Cell Block Tango, do famoso musical Chicago, sua única vitória até a semana 16, quando é cortada do jogo, mas…

Logo é reinserida, no episódio seguinte, o 17. Salva mais três vezes, chega na primeira semifinal, que traz consigo a tarefa de estrelar um musical dedicado a cantora e compositora Olivia Newton-Johnn. Em seguida, no desafio de canto, Laura performa Up Where We Belong, de Joe Cocker e Jennifer Warnes, com a qual consegue 39 pontos, 14 deles vindos de Íngrid Cruz, Juan Pablo González e Sebastián Errázuriz, mais quatro da nota secreta de Nicole Gaultier, ou seja, por um ponto não empatou com La Yoyi e, quem sabe, iria até a segunda semifinal.

Sem tempo para o luto, Laura ganha uma nova chance a partir de 25 de março de 2018, com a continuação The Switch Drag Race: Desafío Mundial, transmitido até 15 de julho do mesmo ano. Sem vencê-lo, mesmo assim conseguiu ampliar o alcance de seu trabalho, colhendo frutos destas experiências até os dias de hoje, como esta entrevista disponível, logo abaixo, na íntegra. Confira!

The Switch Drag Race é a primeira versão internacional de RuPaul’s Drag Race, mas mesmo com este título honroso, as Rugirls chilenas ainda não são tão conhecidas quanto às americanas. Por que isto acontece?

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Acho que é porque éramos um pouco diferentes do programa original. O Chile é um país pequeno e o The Switch Drag Race não foi pensado para o mercado internacional, os produtores focaram no público chileno, então, ele é mais um programa de TV do que um “Drag Race”, sabe?

Perfeitamente! As diferenças são gritantes.

E, claro, o fato de ter ido ao ar dois anos depois desde que filmado foi um grande abalo para todas nós. Muita gente estava esperando o programa e a Mega decidiu recusar, logo, bastante pessoas nem sabiam quando o programa foi ao ar.

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Muitas pessoas questionam o formato de reality show no sentido de que, de fato, não é tão eficiente a ponto de mostrar todo o talento de uma pessoa. Basta pensar: a drag está nervosa, não tem experiência com câmeras e precisa mostrar que é talentosa, então, é realmente a melhor maneira de extrair o máximo potencial do artista?

Claro que não! Eu era uma das rainhas mais experientes na 1ª temporada e já fiz parte de outros programas de TV antes, então eu sei um pouco sobre câmeras, mas a pressão naquele palco era enorme!! Eu não gostei do formato de reality show do programa, mas era o que era. Muita coisa entre nós, rainhas, e muita pressão para dar conteúdo ao programa, você sabe: chorar, rir, brigas, etc…

Vamos voltar para outubro de 2015, quando a primeira temporada de The Switch Drag Race – El Arte Del Transformismo, foi ao ar. O que te levou a se inscrever no programa? Como foi o processo de inscrição?

Honestamente, não tenho certeza. Eu não queria fazer parte do programa no início, eu não tinha certeza se seria uma boa jogada de carreira, mas aqui a história… Eu fazia parte do elenco de “Bunker”, o clube gay mais glamoroso de Santiago, na época, 2015, e Nicole Gaultier era a rainha principal dele, então eu estava trabalhando como rainha à noite e durante o dia eu estava filmando outro programa de TV, na época, “Amor sin Banderas” (ASB), e os produtores do Switch me chamaram para filmar o piloto para o programa, que no momento foi chamado de “Quiereme así” (“Me ame assim”) porque Nicole deu a eles o meu número pois eles precisavam de rainhas que pudessem cantar e era eu, hahahaha. Eu fui para um dia inteiro pra filmar o piloto com outras 8 rainhas, apenas 3 de nós entraram no programa, e depois daquele dia eu não soube mais. Alguns meses depois recebi uma chamada de que o programa foi aprovado pela Mega e eles me queriam nele. Não consegui porque estava filmando ASB e não queria fazer parte por ser uma competição e por causa da exposição não me senti muito preparada para estar em drag total na frente de todo o país, você sabe?

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Sim e estou achando tudo isto muito interessante.

Então eu disse a eles que não poderia estar no programa porque estava filmando. E poucos dias antes de encerrar as filmagens do ASB recebi uma nova ligação deles e eles disseram: “Nós sabemos que você está encerrando as filmagens, então você não tem desculpas” e… Eu disse que sim, não tinha certeza do que seria a experiência e o resto é história.

Quando você se lembra de sua participação na primeira temporada, quais são, por ordem de importância, suas três performances favoritas?

-Proud Mary.

-Wishing You Were Somehow Here Again (que nome comprido, hahaha).

-The Show Must Go On.

Qual foi o momento da sua carreira quando você esteve no palco e pensou: realmente eu nasci para isto, para cantar?

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Foi em Chicago: The Musical (Chile, 2013). Eu era Mary Sunshine e no final do solo eu recebia aplausos de pé a cada apresentação. Naquele momento eu realmente percebi que nasci para estar no palco, não só para cantar, para performar, para trazer alegria, lágrimas de riso, para trazer emoções para o público que enchem minha alma.

Já se passaram três anos desde que a segunda temporada de The Switch Drag Race – Desafío Mundial, foi ao ar. Quando você pensa nela, qual é a primeira lembrança que vem à sua mente?

I Wil Survive… Tenho essa imagem impressa na minha memória.

A música é a mais subjetiva das formas de arte e, para mim, a mais completa de todas, mesmo assim, a música feita pelas drag queens ainda encontra muito preconceito. Qual é a sua opinião sobre isto?

Bem, se falarmos apenas de Rugirls, a música é muito boa, não tenho certeza sobre a letra. Eu sei que nós, como drag queens, temos uma linguagem diferente das pessoas normais, mas me parece uma boa letra. Se você vê Pabllo Vittar, não só ela parece boa pra caralho, mas a música dela é incrível! Boas letras, boa cantora, boa música, boas roupas, ela é completa, então, acho que o “mercado” está se abrindo para nós e agora não somos mais consideradas “bichas com maquiagem”, agora somos consideradas como artistas, e como artistas estamos em constante aprendizado, portanto, aprendemos a cada dia como fazer mais coisas melhores para a nossa drag e isso, é claro, inclui a música.

Laura, quem foi a primeira pessoa que você viu cantando e pensou: eu quero fazer isto também?

Julie Andrews. Eu vi “The Sound of Music” e sua voz, sua presença … oh Deus! Sua beleza!! Mas aquela voz.

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Se você pudesse formar um grupo pop de garotas com mais quatro drag queens, quem você escolheria e por qual razão?

Antonella Madisson, ela tem uma voz incrível e é linda e eu a amo, hahahaha. Ela é totalmente nova na cena drag no Chile, mas se levantou muito rápido e eu amo isso. Luz Violeta porque ela tem uma presença de palco incrível e pode segurar notas e com isso é suficiente para um grupo, hahaha. E é claro que é linda. Sabrina O’Donell, aquela vadia pode se mexer, hahaha. Ela é uma dançarina incrível e é linda, uma grande amiga minha. Cesar Augusto (Panamá). Em primeiro lugar, nós dois amamos e prestamos homenagem à deusa do pop, Cher. Cesar tem uma voz incrível!! Ela é linda e eu a admiro e a amo.

Laura: o que eu não te perguntei aqui e você adoraria que as pessoas soubessem sobre você?

Oh, uau, hahaha. Laura, como Andrés em sua vida normal, o que você faz para viver?

E o que você responderia?

Eu não sou apenas um rosto bonito e um corpo destruído, hahahahaha. Eu trabalho como ator em um programa de TV, também sou um produtor musical, voice-over e dublador ator. Eu sou um fabricante de perucas também e eu forneci perucas para diferentes programas de TV aqui no Chile. Sou formado em Comunicação Audiovisual, então, basicamente eu vivo do que eu amo, eu não poderia ser mais feliz e grato por isso.

Siga Laura Bell no Instagram.

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Para ler outras entrevistas exclusivas da Who’s That Queen clique aqui.

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