BenDeLaCreme classifica leis anti-drag como “aterrorizantes”

BenDeLaCreme se manifestou contra a quantidade “esmagadora” de legislação anti-drag e anti-trans que está sendo introduzida em várias legislaturas estaduais dos EUA.

Falando ao GAY TIMES logo depois que o Tennessee se tornou o primeiro estado dos EUA a proibir totalmente as apresentações públicas de drag, a lenda de RuPaul’s Drag Race explicou que “é difícil até mesmo ter uma reação” ao impulso anti-drag vindo dos políticos republicanos.

Projeto de lei SB003 impede shows de drag de acontecer a menos de 300 metros de uma escola, igreja ou parque se houver qualquer possibilidade de um menor ver – mesmo que seja apenas através de uma janela.

Deveria entrar em vigor em 1º de abril, embora tenha sido temporariamente bloqueado pelo juiz distrital Thomas Parker apenas algumas horas antes.

“É muito difícil se concentrar e descobrir o que diabos está acontecendo e o que pensar sobre isso e o que fazer sobre isso”, disse BenDeLaCreme, que também atende por DeLa.

“Quero dizer, é realmente assustador. É muito, muito assustador, a amplitude disso e, dentro da imprecisão, que é tão confusa, eles estão essencialmente fazendo contas onde há muito espaço para interpretação e nenhuma compreensão objetiva de como esse fraseado funciona em termos de, o que são espaços públicos? O que é acessível às crianças?”

A “indefinição” do projeto de lei que DeLa destacou é algo que tem preocupado muitos artistas no Tennessee.

Embora o SB003 não mencione explicitamente “shows de drag”, ele redefine “cabaré adulto” como “performances voltadas para adultos” que incluem “personificadores masculinos e femininos” que não devem ocorrer em qualquer lugar onde menores possam estar presentes.

DeLa expressou preocupações mais amplas de que este projeto de lei “potencialmente realmente se estende a pessoas trans em locais públicos porque, se um legislador decidir que pessoalmente não sente que a identidade trans é válida, então eles decidem que vão categorizá-los. como um imitador e, em seguida, estar em um espaço público é apenas eles existirem”.

“Precisamos estar com raiva e precisamos convencer as pessoas”

Os legisladores por trás de muitas das propostas anti-drag frequentemente alegam que drag é de alguma forma prejudicial para as crianças, embora não reconheçam que drag, como qualquer outra forma de arte, pode ser modificada para ser apropriada para vários públicos diferentes – incluindo crianças.

“Quando eu era criança, todo mundo no meu colégio assistia American Pie e adorava. Está falando em enfiar instrumentos musicais nas partes íntimas e todo mundo fode uma porra de uma torta, sabe? É tipo, por que, quando essas crianças brancas heterossexuais estão fazendo isso, é aceitável? E os pais podem decidir como, ‘Oh, eu não quero que meus filhos vejam isso’, mas eles não estão tentando banir isso. Eles não estão tentando queimar o livro. É tão confuso e a ideia de que as pessoas realmente não parecem ver, que ir da ideia de ‘Não acho que seja uma boa ideia as crianças verem isso’, saltando disso para ‘Acho que deveria ser contra a lei’. Não entendo como superar essa dissonância. Não entendo o que dizer para mudar a opinião das pessoas sobre isso.”

@gaytimes

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Embora o SB003 tenha sido impedido de se tornar lei até pelo menos 26 de maio, a probabilidade de entrar em vigor permanece alta.

Como a comunidade LGBTQ + continua sendo alvo de tal legislação nos Estados Unidos e além, DeLa explicou que “precisamos ficar com raiva e precisamos convencer as pessoas” a parar o movimento anti-drag.

“Precisamos dizer às pessoas que não estão engajadas e não veem como isso importa e não estão ligando os pontos, que estão vendo as proibições de drag como algo que não é realmente um grande problema, porque ainda não estão ligando os pontos por que é.

Isso é o que precisa ser vocalizado. Não vamos mudar a opinião das pessoas que nos odeiam. Não vamos mudar a opinião das pessoas que já concordam conosco e não precisamos, mas potencialmente vamos mudar a opinião de todas as pessoas intermediárias que simplesmente não veem que é um grande problema”.

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