Jaida falou abertamente sobre discriminação, o movimento ‘Vidas Negras Importam’ e como foi crescer sendo queer em uma nova entrevista para a revista Attitude. Quando questionada sobre a experiência com racismo que as rainhas negras sofrem dos espectadores de Drag Race, ela admitiu:
“Sabe, não conheço uma única rainha preta que não tenha passado por esse tipo de coisa. O fato é que muitas de nós não falamos sobre isso, porque, infelizmente, muitas pessoas simplesmente assumem que estamos reclamando ou não trabalhando o suficiente, ou simplesmente ‘não merecendo’, e a realidade é que somos algumas das rainhas mais criativas e pioneiras que existem. Todos nós merecemos o mesmo respeito. Arte é arte e a cor da sua pele não deve determinar o valor dessa arte”.
Jaida foi coroada a vencedora da S12 de Rupaul’s Drag Race poucos dias após o assassinato de George Floyd, cuja morte desencadeou uma revolta sem precedentes nos EUA pelo Black Lives Matter [Vidas Negras Importam].
A rainha de Milwaukee, Wisconsin, disse que, desde então, “tenho feito questão de usar minha voz o máximo que posso ao longo de tudo isso para apoiar toda e qualquer pessoa que esteja passando por isso”. Ela acrescentou:
“É uma época realmente louca, entre o COVID-19 e os eventos que acontecem ao redor do mundo. Com os dois ocorrendo ao mesmo tempo, pode ser muito difícil para tantas pessoas [comparecer] e mostrar apoio físico. Mas eu quero que as pessoas saibam que existem várias maneiras de mostrar apoio, especialmente para esta causa, e sempre usar a sua voz tanto quanto possível é a melhor maneira de ajudarmos a fazer uma mudança”.
Olhando para trás, para sua juventude, Jaida disse que era grata por ter uma família que sempre a aceitou como ela é.
“Crescer queer, [homofobia é] infelizmente uma daquelas coisas que todos nós experimentamos, especialmente quando sua ‘viadagem’ é vista em tudo o que você faz. Ser diferente do que as pessoas normalmente viam, ou do que achavam que os homens deveriam ser, me tornou um alvo para as pessoas. Sou grata por ter uma família que entendia que eu era diferente, mas nunca me fez sentir mal por isso, ou me julgou – isso me deu a confiança para ser quem eu sou e amar isso. Às vezes ainda é uma luta, mas a cada dia estou aprendendo a me amar mais e mais”.
