Bruno Alcântara, 30 anos, é baiano, natural de Ilhéus, e vive há cinco anos em Los Angeles. O ator ficou mundialmente famoso ao participar de RuPaul’s Drag Race All Stars 4. Bruno faz parte dos “PitCrew”, os assistentes de palco de mama Ru que aparecem apenas de cueca no show. O que seria uma participação pontual, acabou virando fixa, pois Alcântara além do AS4 participou da S11 e aparecerá nas futuras temporadas de Drag Race.
A jornada de Bruno antes de integrar o elenco fixo dos “PitCrew” foi longa. Graduou-se em Publicidade e Propaganda pela Universidade Católica de Salvador e fez um MBA em Gestão de Pessoas. Por três anos trabalhou com Paulo Borges na equipe do Fashion Rio e São Paulo Fashion Week (SPFW). O que o iniciou na área de produção de eventos. Depois disso Alcântara foi para Los Angeles com o intuito de aprender inglês. Lá teve a oportunidade de produzir o camarim de Madonna na turnê Rebel Heart. Também produziu o camarim do rapper Puff Daddy na turnê Bad Boy Reunion Tour. Este contato com grandes artistas o inspirou a voltar a estudar interpretação, que concluiu após dois anos. Entre tantos testes e projetos ele conheceu o time de Drag Race.
Em entrevista para a Draglicious, Bruno Alcântara contou sobre como começou em Drag Race, sua relação com os demais PitCrews, sua vida em Los Angeles e mais coisas de nosso reality show favorito. Confira a seguir.
Como surgiu a oportunidade para trabalhar em Drag Race?
A oportunidade veio através de um amigo que conhece um dos produtores do show. Ele nos colocou em contato, nós começamos a conversar e o que seria uma participação pontual no programa já rendeu duas temporadas e tem mais à caminho.
Você foi bem recebido pelos PitCrew? Há algum líder entre vocês?
Fui super bem recebido pela equipe e pelos outros meninos. O clima é bem amigável por trás das câmeras. Não existe um líder, mas claro que respeito muito as pessoas que estão lá há muito mais tempo do que eu.
Como é a rotina de trabalho dos PitCrew, há revezamento entre vocês para participarem dos episódios? Afinal nem sempre todos assistentes aparecem em todos os episódios.
Eles nos escalam para gravar de acordo com a necessidade e concepção criativa do programa, as vezes gravamos juntos e as vezes existe um revezamento.
Como você lida com a grande exposição de seu corpo seminu na TV? Ser desejado por milhares de fãs tem seu lado negativo?
No início me senti um pouco intimidado, mas passou. Eu admiro muito o programa, a mensagem que passa e o suporte a comunidade LGBTQ. Tenho orgulho de fazer parte de um show tão reconhecido no mundo inteiro e trabalhar junto com RuPaul. Ser admirado pelas pessoas massageia o ego, mas não é tudo, existe muito mais do que o Bruno que aparece de cueca.
Muitos fãs brasileiros ficaram felizes com sua presença no show. Inclusive eles que me informaram pelo Twitter que você é brasileiro. Como você lida com o adoração dos fãs? O tratamento dos fãs americanos é diferente do tratamento dos fãs brasileiros?
Eu adoro receber tanto carinho dos fãs do programa, sejam brasileiros, americanos ou de outras partes do mundo. Foi quando eu realmente senti o tamanho do alcance de Drag Race. Os fãs brasileiros tem sido bem calorosos, tenho recebido muitas mensagens celebrando o fato de termos um representante brasileiro no show.
Amém, por isso! Além de Drag Race, quais seus outros trabalhos?
Eu acabei de me certificar como Life Coach e já tenho trabalhado com alguns clientes, um trabalho que adoro fazer e que impacta positivamente na vida dos outros.
Além disso, eu me graduei como ator em Los Angeles e quero participar de projetos em Hollywood e até no Brasil. Eu também trabalho como produtor de eventos como Emmy’s e Oscars e já produzi o camarim de artistas como Madonna e Puff Daddy.
Você costuma frequentar boates? Já se apresentou em alguma?