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Trixie Mattel discute o colapso de Katya em documentário

🕓 6 min de leitura

Uma das drag queens mais famosas do mundo atualmente, Trixie Mattel conquistou uma base de fãs internacionais que não se cansam da estética de Barbie e Dolly Parton e da personalidade igualmente brilhante. Mas, de acordo com a nativa de Milwaukee de 29 anos – conhecida em casa e fora do drag como Brian Firkus – sua vida não é apenas brilho e glamour, como pode ser visto em seu novo documentário Trixie Mattel: Moving Parts.

O filme, dirigido por Nick Zeig-Owens, estreou na noite de quinta-feira (25 de abril) no Tribeca Film Festival para uma multidão de fãs obcecados por Trixie Mattel – muitos dos quais compareceram à exibição com camisetas com a era da queen estampada ou até mesmo versões dos looks clássico que a Mattel apresentou na TV. Embora ela tenha andado no tapete vermelho com um vestido magenta que abraça o corpo cheio de enchimentos com uma peruca loira, Trixie disse ao The Hollywood Reporter que está ansiosa para mostrar uma versão mais despojada de si mesma com este projeto.

“Quando eu me inscrevi para fazer esse filme, eu honestamente pensei que seria uma história que destaca-se como eu sou incrível e linda. Mas uma vez que as câmeras começaram a gravar, as coisas ficaram mais pesadas do que eu esperava. Mas isso é a vida real. E eu decidi que nada estaria fora dos limites. Este filme é realmente sobre o lado mais obscuro do drag”.

Enquanto o Moving Parts segue a empolgante ascensão de Mattel para novos níveis de fama depois de vencer Drag Race All Stars 3 em 2018, o documentário também explora o lado vulnerável da rainha. Mattel não apenas reflete sobre o inesperado colapso de Katya Zamolodchikova, melhor amiga e co-estrela do programa The Trixie & Katya Show, mas também compartilha histórias sobre os abusos que sofreu na infância, nas mãos de seu padrasto agora falecido.

Abaixo, Trixie fala mais sobre Moving Parts, este novo capítulo em sua carreira e o que acontece quando a maquiagem é apagada e ela volta a ser Brian.

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Em que ponto das filmagens você percebeu que esse filme seria um retrato mais cru da cultura do drag?

A cena de abertura é só eu. Está chovendo lá fora à noite e eu estou abrindo caixas de perucas. Não há iluminação para a fantasia, não há espelho iluminado, não há pó HD-amaciador. Ficou bem real muito rápido.

Moving Parts [Partes Móveis] mostra a sua amiga e companheira de temporada de Drag Race, Katya, tendo um colapso nos bastidores de The Trixie & Katya Show – o que levou a sua passagem pela reabilitação e um momento conturbado em sua amizade. Foi difícil filmar isso?

Nos bastidores de The Trixie & Katya Show, as câmeras estavam lá para pegar minhas filmagens no trabalho e, em vez disso, a coisa toda tomou outro rumo, como todos nós veremos no filme. E há muitas coisas que achamos que seriam divertidas. Mas, da mesma forma que na moda, nada é fácil e nada é simples. Tudo está dando errado e há grampos visíveis e você está caindo das escadas. Como eu disse, este é o lado tenso do drag. É muito real, muito cru. [Moving Parts] realmente tem tudo – o bom, o ruim e o feio.

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O que os fãs vão aprender sobre você e a cultura drag que eles não entenderiam simplesmente assistindo à RuPaul’s Drag Race?

Este filme vai mostrar às pessoas como eu levo isso a sério. As outras 23 horas do dia, eu não estou apenas cutucando meu nariz e esperando para me montar em drag. Há todo um sistema de polia de fumaça e espelhos que deve ser operado o dia todo. Como uma drag queen, você é um negócio em miniatura – e você não é uma verdadeira celebridade. Eu não posso dizer “Pegue meu pessoal!” Eu sou minha equipe, infelizmente.

NEW YORK, NEW YORK – APRIL 25: Trixie Mattel performs at Trixie Mattel: Moving Parts – 2019 Tribeca Film Festival at Spring Studio on April 25, 2019 in New York City. (Photo by Mike Coppola/Getty Images for Tribeca Film Festival)

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Para os jovens LGBTQ que assistem a este filme, o que você espera que seja a mensagem principal que eles absorveram a cerca do abuso que sofreu quando criança?

Honestamente, isso parece ruim – mas todo mundo é uma vítima e coisas assim aconteceram com todos. Então, vadia, você não é especial. O mundo não vai quebrar porque algo de ruim aconteceu com você. Pegue uma peruca e faça acontecer. Siga em frente. O que quer que tenha acontecido no passado, acho que é sua decisão se você pega isso ou não e repete na sua mente várias e várias vezes. Siga em frente. Seja sua própria história de sucesso! Seja alguém que quando você menciona o que aconteceu com você, as pessoas fiquem tipo: “Sério? Você parece normal”. Eu fico tipo, “Sim, eu sei”. Porque normal é o fato de todo mundo ter algo ruim acontecendo com eles. Olhe para mim, fui atropelado por um carro a caminho daqui e estou ótima. [Risos]

Quando você assistiu Moving Parts em sua totalidade pela primeira vez, quais partes eram suas favoritas para reviver?

Quanto tempo você tem? Porque, como eu disse, quando decidi fazer o documentário, achei que seria apenas um videoclipe da minha vida com cortes de mim posando, mostrando as melhores partes da minha carreira por uma hora. E quando assisti ao filme, percebi que era tudo isso e muito mais. As partes incríveis me fazem ficar tipo, “Uau, esse é o momento mais legal da minha vida”. A parte no filme quando eu ganhei Drag Race, aconteceu tão rápido. Quando assisto ao filme, penso comigo: “Essa é a coisa mais legal”. Eu sinto que posso morrer agora. Isso é o quão legal foi.

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E as partes mais difíceis?

As partes tristes eram tão tristes. Houve momentos em que eu desejei que nunca mais ocorresse, momentos que eu gostaria de esquecer. Mas adivinhe, Maria? Alguém estava filmando e agora vamos assistir logo mais. Quando assisto ao filme, simplesmente me faz sentir – assim como minha música, “Moving Parts”, no filme – eu acho que a felicidade é aprender a aceitar e esperar que coisas ruins aconteçam. Porque neste filme, toda vez que algo bom acontece, algo ruim acontece. Como todos os outros dias. Todos os dias durante o período que gravei essa obra era como o melhor ou pior dia da minha vida.

O filme também apresenta fortemente sua carreira como cantora de folk-country. Como alguém que executa esse gênero de música montada de drag, como você espera mudar o cenário quando se trata de fãs de country e folk que aceitam mais artistas LGBTQ?

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A música folk para mim é emocionalmente muito inteligente. É para todos. A música folclórica é para todos e assim são pessoas desse estilo, eu acredito. É contar histórias. Eu sou uma drag queen, mas estou fazendo um tipo de música que unifica todos. Se você tem ouvidos, você ama James Taylor e ama Johnny Cash. Você não pode evitar. E eu acho que quando você realmente faz um diagrama de Venn de drag queens e cantores country, você fica tipo “Oh, há muito em comum aqui”. Nós todos gostamos de um calçado salto alto modesto. E vamos ser sinceras, todos os homens da música country também usam saltos. Além disso, olhe para Dolly Parton. Ela conta como uma drag queen, certo?

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O COLAPSO DE KATYA

”Este filme é realmente sobre o lado mais obscuro do drag”.

Enquanto as gravações do documentário rolavam os rumos iniciais do projeto mudaram, quando as câmeras captaram sua melhor amiga e companheira de Drag Race, Katya Zamolodchikova, tendo um colapso nos bastidores do programa de TV da dupla. Katya então deu uma pausa de quase um ano para se reabilitar, depois de ter tido uma recaída com metanfetamina.

Para o portal Digital Spy, Trixie Mattel contou como sua famosa amizade com Zamolodchikova foi afetada durante o período em que sua amiga esteve em reabilitação.

“É difícil, mas se você é um amigo de verdade, não acho que haja realmente um lado negativo. É como qualquer aflição. Claro que é horrível, mas não há como fugir disso, você só tem que passar por isso. Foi difícil para nós em um sentido profissional, porque somos parceiros e porque temos obrigações uns com os outros. Houve um período de quatro a seis meses em que não nos comunicamos e eu não sabia o que estava acontecendo. A sobriedade não é uma linha reta. Eu não tenho nenhum problema assim, então aprendi muito sobre o que você pode fazer e o quanto você realmente não pode fazer por alguém”.

Mattel acrescentou que não levou nada para o pessoal, apesar de Katya admitir que falou “merda“ sobre Trixie, devido a sua paranóia.

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