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Introdução: tudo começa com a 2° edição de Drag Race Holland Corrida pela coroa O que ficou de fora de Drag Race Holland? No princípio não era o verbo, era drag Nome drag Eleganza extravaganza asiática Conclusão: Ryan, faça as honras Entrevista |
Introdução: tudo começa com a 2° edição de Drag Race Holland
“Sua pobre e infeliz alma! Uma nova e fabulosa sereia chegou“. Eu nem poderia começar o texto de hoje usando outra frase que não fosse a de entrada dela na 2° temporada de Drag Race Holland, com a estreia chamada de: Who’s That Queen?
7° lugar no geral, Ivy-Elyse Monroe acabou perdendo o lip sync pela vida do episódio 4, Cinderella in Mokum. Na ocasião, mesmo que a música sugira para que você liberte sua mente – Free Your Mind, do En Vogue – The Countess levou a melhor.
Antes disso, Ivy ganhou um mini desafio na 3° semana competitiva, além de dublar 3 vezes consecutivas nos episódios 2, 3 e 4. Mas, a história dela no programa começa de outro jeito, Dragliciosa.
Corrida pela coroa
No look promocional da 2° temporada de Drag Race Holland Ivy surge com uma peça criada por ela mesma, sendo o design inspirado na Balmain 2019. Para a roupa foram usados tecidos rígidos de duas cores. O Studio Hiem fez o esboço e a execução do vestido.
Para a gravação do dia descrito acima, todas as rainhas foram fotografadas e gravadas individualmente, ou seja, elas não puderam se ver.
Ainda no 1° episódio, um diálogo entre Ivy-Elyse Monroe e Juicy Kutoure chama atenção. “Alguns têm estilo, outros têm gosto”, diz Juicy, ao que Ivy prontamente responde: “Você não tem nenhum dos dois“.
Na 2° semana, Ooh, I Got Sunburned, Ivy vai parar no bottom 2 depois de sua roupa, criada para o desafio principal, não agradar os jurados na categoria Glamping Couture.
“Não confunda minha humildade com insegurança. Porque querido, eu estava vendendo este vestido de um milhão de dólares como se eu fosse Miss Universo, com aquele grande sorriso de bunda“, comenta.
Um detalhe adicional é que a peruca usada é de… Sim, Miss Abby OMG. Ah, e ela ainda encomenda o Sashay Away de Reggy B após vencê-la na dublagem de Don’t Leave me This Way, de Thelma Houston.
Mais tarde, em Icons Only (Snatch Game), ela personifica Cardi B no episódio 3 e vai parar no bottom 2 pela 2° vez. Em sua performance ela jogou um salto alto nas demais concorrentes.
Na passarela Ivy usa uma fantasia com prótese inspirada em Procurando Nemo, especificamente a cena do fundo do mar, na categoria Monster Ball.
“Das profundezas do oceano, a Rainha do Diabo marinho emergiu até a costa para assistir ao Baile do Monstro! Em seu caminho ela parou pelo Titanic para roubar algumas joias deixadas para trás“, explica em publicação on-line.
Irmã drag de Envy Peru e Miss Abby OMG, Ivy é uma das fundadoras da Mermaids Mansion. Depois da já citada Abby, ela é a 2° Rugirl da franquia holandesa a fazer 3 lip syncs enfileirados.
Junto a sua casa premiada de drags, Ivy abriu os shows da etapa holandesa da turnê Werq The World em 2017, mesmo ano em que conheceu Valentina, Shangela e Latrice Royale, uma experiência interessante para o que viria no futuro, afinal…
- Ivy, como dito por ela, é a boneca asiática que serve rice queen realness?
- Ou ela entrega Asian Carrie Bradshaw?
- Talvez The Real Housewives of Atlantis?
Finalmente, Ivy também começou uma irmandade e com suas irmãs inclusive ela participou de uma estreia especial da 2° temporada de Drag Race Holland, no Teatro Tuschinski, que na verdade é um cinema eleito pela Time Out como o mais bonito do mundo.
E ela se aproximou de diversas rainhas, como Vivaldi, que ela conhecia antes do programa (assim como Madame Madness também), e Ma’Ma Queen, da qual, inclusive, já usou roupas feitas sob medida. Falando em vestuário.
O que ficou de fora de Drag Race Holland?
Para a categoria Double Dutch, do episódio 7, Whodunnit, Ivy usaria uma roupa com reveal. Na passarela Opposites Attract, no 6° episódio, Spill the Coffee, ela serviria um verdadeiro pesadelo em forma de demônio devido aos filmes de terror da série Insidious. Em contraponto, também mostraria sua porção sonho doce, afinal, quando sonha, tudo é perfeito!
“Este era um dos meus temas favoritos da passarela, tão chateada que eu não consegui mostrá-lo no palco. Porque estes são fogo. Eu amei o resultado de ambos os meus looks“, disse na rede social de fotos.
Sobre o makeover, no 5° episódio, Dearly Beloved (Family Resemblance), Ivy faria a Princesa de Java. Segundo ela mesma contou no Instagram, quando ouviu o tema mostre suas raízes seu pensamento foi para a Indonésia.
Para a tarefa sua mãe seria montada como uma rainha javanesa e, ela, claro, a princesa. Seria o momento perfeito para retribuir o carinho e apoio daquela que a criou sozinha, sempre estando ao seu lado. O irmão também a apoia.
“Eu sou etnicamente indonésio (javanês). Como resultado da colonização holandesa, meus ancestrais mudaram-se para o Suriname e eventualmente imigraram para os Países Baixos em 1975, onde nasci – o que faz de mim um javanês holandês de primeira geração! O que mais amo na minha herança é o forte vínculo familiar que temos e também a comida deliciosa, é claro!”, afirma em publicação de 28 de agosto de 2021 novamente no Instagram.
Então, diante de tudo que foi dito até aqui, você, Dragliciosa, acha que fora o suficiente para conhecê-la de verdade? Antes que você responda eu me adianto com o próximo tópico.
No princípio não era o verbo, era drag
Anos e anos atrás, Ivy começou, de certa forma, a flertar com a arte drag numa atitude caracterizada pela flexão de gênero. No tradicional Sensation White, fundado na Holanda em 2000 e vigente até 2005, ela experimentou colocar uma peruca, e, digamos, se jogou.
O lado dançarina a ajudou, até mesmo porque usar saltos não representava um empecilho, então, em 2012, Ivy foi para uma festa de Dias das Bruxas montada como Jennifer Lopez zumbi a bordo do célebre vestido da Versace, sua 1° vez como drag. Oficialmente.
Nome drag
Boneca asiática, essa rainha ganhou seu nome infelizmente devido a uma tragédia. Sua mãe estava na 2° gravidez, escorregou na rua congelada e sofreu um aborto espontâneo.
A menina se chamaria Ivy. O Elyse é porque ela o considera lindo e precisava de algo para chamar de seu. Monroe, apesar do que diz em certas páginas da internet, não é por conta de Marilyn.
“Para fazer um círculo completo, meu irmão também chamou sua filha de Ivy e posso lhe dizer que ela é uma pequena diva, obviamente!“, pontua no Instagram.
Eleganza extravaganza asiática
Mãe drag de Mercedes Bluey Monroe e irmã de Tim Chloé, Ivy, é justo e necessário destacar, faz parte do pequeno grupo de rainhas asiáticas que atua na Holanda. Pessoal multicultural, ela se inspira também em Beyoncé e mantém a humildade no comando do seu trabalho.
Naturalmente, seu jeito de ser e de fazer as coisas provocou mudanças, como Licka Lolly, uma drag que foi inspirada por Ivy para começar a se montar. Segundo declaração à imprensa:
“Já trabalhei com ela algumas vezes e ela é realmente uma performer! Licka tem o potencial para se tornar grande“, afirma.
Conclusão: Ryan, faça as honras
E o que mais RyanTino Troenokarso pode nos contar que fará o público entendê-lo melhor?
Que ele nasceu em 10 de fevereiro de 1986, tem 36 anos e vive na capital da Holanda, Amsterdã, você já sabe ou está sabendo agora.
Mas volto a repetir. E o que mais além de que a senhora Ivy-Elyse Monroe, uma criação sua, colocou Ho em Soho?
O que mais?
Confira logo abaixo, na nossa entrevista exclusiva para a edição de hoje da Who’s That Queen?