Dessa vez não começamos o episódio com um ball, mas sim de onde ele terminou no quinto episódio: Patty e Angel se conhecendo. E o “embate” das duas é amigável. O tópico é o Stan e conversam sobre ele sem se atacarem.
Stan já declarou amar as duas e Angel espera que seja real, que seja possível ele amá-las. E Patty não entende porque Angel estava no ball com “aqueles gays e drag queens”, já que é uma mulher. Até que Angel revela ser uma mulher trans e agradece o elogio, pois ser reconhecida como mulher é tudo o que ela mais deseja. Patty ainda assim não acredita e pede para ver o pênis de Angel que recusa.
Eu me aceito como sou complemente, exceto por essa parte de mim. Tudo que não posso ter no mundo é por essa coisa lá embaixo.
E rapidamente vemos Pray Tell cuidar de seu namorado que está definhando na cama do hospital com a AIDS arrasando seu corpo. Cena forte e dolorida. E isso impacta na forma com que Pary lida com os balls, apresentando as categorias bêbado, sem sua postura magnânima de sempre.
Patty após descobrir sobre Angel ser mulher trans corre ao médico fazer exame de “AIDS”. O medo da época.
E a intervenção que Pray Tell sofre na casa Evangelista é pesada, Pray bêbado ofende a todos. E Blanca tenta trazê-lo de volta à realidade, que ele está desconectado de todos nos últimos tempos, sem sua glória característica e Pray não aceita tal intervenção. E então ele após alguns xingamentos desabafa toda sua dor, pelo namorado morrendo e amigos falecidos nos últimos anos, perdidos para as drogas e para a AIDS. Pray não aceita a ajuda e sofre um colapso indo embora deixando todos desconfortáveis.
E no hospital vemos que a situação do namorado de Pray Tell está cada vez pior.
E na vida de Blanca aparece um homem negro maravilhoso, Darius, que tenta de todas as formas convencê-la para saírem juntos.
Pray cai em si e se desculpa com Blanca pela reação em sua casa e pede a ajuda dela para criarem a noite Cabaret AIDS para os pacientes do hospital em que Costas, seu namorado, está.
E então uma boa surpesa: JIGGLY CALIENTE, da quarta temporada de RuPaul’s Drag Race aparece em POSE, quando Blanca e Lulu vão comprar tecidos, Jiggly é a caixa da loja. E Blanca ao conversar com suas amigas e as atendentes da loja descobre que todas ali já pegaram Darius, logo ela percebe que ele não é o o homem ideal que imaginou.
Na noite do Cabaret AIDS conhecemos o talento oculto de Pray Tell, o canto. Que vozeirão poderoso o apresentador dos bailes tem. Fiquei arrepiado com a performance. E de supresa Blanca aparece para o Cabaret AIDS e mostra seu vozeirão também (mas acho que é auto-tune, só acho). Ainda rolou um dueto de Pray e Blanca. Ahhh!!! O Cabaret AIDS foi sucesso, nada como dar um pouco de amor e dignidade para aqueles que estão vivendo seus últimos momentos de vida.
Do lado hétero cis da série vemos Patty levar Stan para uma sessão de terapia de casal, sem que ele soubesse, até então. E conta a ele que sabe de tudo de sua relação com Angel e que ele deve ficar o tempo restante do contrato do aluguel no apartamento, pois os dois, Stan e Patty, precisam de um tempo na relação. E o resultado do exame de HIV de Patty deu negativo.
Patty diz que vai arrumar emprego e descobrir por conta própria quem ela é. E questiona Stan porque ele ficou com “esse tipo” de pessoa. Se ele é gay ou sofreu algum abuso quando criança. A velha concepção de que quem fica com pessoa trans só pode ser gay, como se dois pênis numa relação definissem gênero. Ou a ideia, também problemática, que pessoas LGBTs são assim por algum abuso sexual de infância. E Stan chora, sem saber o porque ele é assim.