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Drag Race Brasil 1 | Resenha do episódio 3

É hora das ‘maria-chuteiras’ reivindicarem sua parte da herança no primeiro desafio de atuação de Drag Race Brasil.  Confira a seguir minha resenha do episódio .

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🕓 5 min de leitura

O terceiro episódio de Drag Race Brasil começou com babado e confusão, pois Melusine Sparkle não gostou da torcida para Betina Polaroid durante a dublagem contea Diva More e pediu para as demais rainhas se conterem nas próximas dublagens, pois de acordo com ela isso pode desestabilizar quem dubla. Shannon e Organzza sem titubear assumiram sua torcida bem vocal para a amiga do Rio e falaram que entendem o posicionamento de Melusine, mas que em momento algum a torcida delas era pra desmerecer Diva, afinal se a Queen é boa ela vai servir com ou sem apoio da “plateia”. Os ânimos ficaram acalorados e eu amei. É isso que eu pedi: drama servido quentinho, mas que nasce de forma natural e não por artimanhas da produção.

Então corta para o mini-desafio em que o elenco teve que se montar em poucos minutos, o famigerado quick-drag, para apresentar suas versões de Mises para o “Miss Drag Race Brasil”. E que desafio gostosinho de assistir. Todas estavam ótimas e serviram personagens bem identificáveis da cultura brasileira. Tivemos a Miss Traguei, viciada em fumar; a Miss Cece Bola, que não curte muito banho; a Miss Tuda, que tal qual Serena Cha Cha lê livros; e por aí vai. No fim, Dallas venceu ao dar vida a Miss Pera, o futuro do Brasil. Amei Aquarela “Miss Obra” tirando a peruca de Dallas após ser anunciada a vencedora, nada mais Miss Brasil que isso, uma polêmica na hora da coroação!

O desafio principal dessa semana seria de atuação e improviso, em que as rainhas fariam um clássico brasileiro: “marias chuteiras” em busca da herança do jogador “pirocudo”amado. Dallas pôde distribuir os papéis, mas foi um momento tranquilo, as queens escolheram seus papéis sem drama. Já o ensaio foi sob o comando de Grag e da jurada Bruna Braga, e as rainhas pareciam perdidinhas, acho que atuação não é o forte delas. Então torço pelo melhor no desafio real.

Antes da segunda parte do episódio tivemos um momento importante na hora das drag se maquiarem, em que Hellena Malditta revelou viver com HIV e como no início da vida com tal diagnóstico foi difícil para ela se relacionar, devido ao preconceito de gente desinformada. É importante vermos tal debate na TV brasileira, pois ainda há muito preconceito e intolerância contra pessoas soropositivas, sendo que com os tratamentos atuais, elas levam uma vida saudável. Cenas assim ajudam a diminuir o estigma social que essas pessoas sofrem. E o apoio do elenco no ateliê é essencial, pois mostra que há acolhimento e aceitação em nosso meio.

O tema da passarela da semana foi . Eu achei fraco o que as rainhas serviram. Para mim, as drags escolheram looks MUITO safes e não derão um toque drag neles, aí não tinha muito o que fazer. Se elas tivessem optado por looks mais exagerados e opulentos que modelos brasileiras já usaram, talvez o resultado final fosse diferente. Mas o que foi mostrado não curti, pois a maioria escolheu looks que as drags desfilaram como anjas da Victoria Secrets Fashion Show. E vamos ser sinceros, apenas calcinha, sutiã e asas não é nada memorável. Como RuPaul fala nas franquias que comanda, faltou tornar o look mais drag, colocar uns elementos que dessem mais vida e brilho pra roupa.

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Entretanto, não foi de tudo ruim, teve destaques positivos, gostei particularmente da Anja perigótica de Naza; Hellena bem Barbiezinha com um look de fuxico; e Organzza belíssima num look ouro inflamável com uma durag porque sim!

Indo para o desafio da semana, As Chuteira de Trovão, que surpresa maravilhosa e totalmente diferente do que vimos no ensaio. Achei tudo bem engraçado, diferentemente da falta de interesse que vejo esse tipo de desafio nas franquias internacionais, na nossa curti bastante. Além de catar as referências e memes a atuação das rainhas foi camp e divertida na medida certa. Uma ou outra pode ter ficado apagadinha, afinal foram 11 drags em cena, mas de modo geral achei que todas conseguiram ter seu momento para brilhar. Até mesmo Shannon que passou a maior parte do desafio deitada com a mão no dote. E nesse grupão quem mais me fez ri foram Organzza e Miranda.

Então quando vamos para a decisão final e Organzza é declarada vencedora da semana fez todo sentido, afinal ela teve a melhor média da rodada, sendo muito boa tanto no desafio quanto na passarela, o que as demais ficaram devendo. Lebrão demorou a entrar em cena, mas quando entrou roubou toda atenção. Mas a passarela também conta e a dela a fez perder muitos pontos. Assim é o jogo e o conjunto completo conta muito.

O bottom 2 da semana ficou para Dallas e Tristan. Foi uma performance bem mequetrefe e ficou visível que Tristan já tinha jogado a toalha ao parecer que nem se esforçou para manter sua vaga na corrida das drags. A decisão por deixar Dallas foi justa e só posso desejar todo sucesso do mundo à demônia amazônica. Tristan pode não ter um perfil muito competitivo, mas é uma querida que me conquistou com seu jeitinho. Torço para que a passagem dela no show traga mais visibilidade e espaço para as rainhas do Norte do Brasil.

>  Drag Race Brasil 1 | Resenha do episódio 11: Reunião
>  AS6 | Ruview do 6º episódio

DESAQUENDANDO AS CONSIDERAÇÕES FINAIS

O look da Hellena achei tão legal, pois fuxico é coisa que a gente vê mais em colchas de mãe e avó. Ali no vestido dela ficou tão fofo e delicado e não passou ideia de cobertor.

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Melusine surtando pra cima de Organzza e Shannon por terem torcido para Betina na dublagem, ela ia desistir da competição se tivesse no DR Alemanha. Pois o segundo lipsync parecia que rolou num estádio de futebol, já que as drags no fundo gritavam mais alto que a música que o bottom 2 teve que dublar.

Acredito que essa polêmica de “não torcer para uma drag durante a dublagem” que desestimulou as rainhas de apoiarem Tristan, talvez a rainha dublasse com mais vigor recebendo apoio de suas irmãs.

Já quero uma sitcom de justiça estrelada pela advogada Miranda Lebrão, seria hilária Mathew Ross sonha e icônica demais!

Eu gostei bastante deste episódio, mas por conta da passarela darei 4 coroas!

 Leia mais notícias de Drag Race Brasil 1 aqui.

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