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Who’s That Queen? Killer Queen

“Toda a gravação do Drag Race foi extenuante, muita pressão, muitas horas”, afirma Killer Queen, da 1° temporada de Drag Race España, nesta edição exclusiva da Who’s That Queen?

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🕓 15 min de leitura

Neste artigo você encontra:

Introdução: Iván, a Killer Queen
De médico e drag queen todo mundo tem um pouco
De repente rainha
O que faz uma rainha matadora?
Drag Race Espana temporada 1/36 curiosidades
Conclusão
Entrevista

Introdução: Iván, a Killer Queen

O que podemos falar sobre Iván Soler Gil?

Que ele nasceu no dia 2 de fevereiro de 1989?
Que ele vive em Madrid, na Espanha?
Que ele trabalha como médico emergencista e drag queen?

Não, tudo isso é muito óbvio.

Então, vamos mergulhar fundo na sua biografia para responder uma pergunta simples e direta: Who’s That Queen?

Iván aprendeu cedo que, diferente do que prega certa ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos do Brasil, as cores não têm gênero, logo, meninas podem ficar à vontade para vestir azul e meninos, por favor, a ordem é abusar do rosa.

Seguindo a lógica acima, ele logo entendeu que roupa também não tem sexo.

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Sua avó é a responsável por esse ensinamento. E não para por aqui.

Com ela o neto inferiu que não importa o que você estiver fazendo, o que vale a pena é ser feliz, o que inclui brincar de cozinha ou qualquer outra atividade relacionada supostamente ao sexo feminino.

E se a mente da pessoa é muito aberta você faz o quê?

Se veste de mulher e performa, claro!

Nesse clima, com Iván livre para ser quem ele realmente é, a empolgação vinha e com ela o desejo de cantar como às princesas da Disney.

Mas espera aí que tem uma surpresa no meio do caminho…

Entre uma cantoria e outra, Iván concluiu que sua voz não era das melhores. Antes de sentir-se triste, a descoberta do playback eliminou os pensamentos ruins.

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Findado o lazer, ele desde sempre fora uma criança exigente consigo mesma, daquelas que não aceitam menos do que um 8 na escola.

Fora do colégio, Iván costumava brincar com sua fazenda Playmobil, algo que o fez querer ser agricultor quando adulto. Antes de chegar a maioridade, porém, quis as profissões de engenheiro florestal e biólogo geneticista.

Em paralelo a sua determinação, ele compreendeu ainda criança, com a mãe, que os problemas precisam ser encarados de frente, afinal, só assim para finalizá-los.

O precoce entendimento do conceito de resiliência o ajudaria no futuro.

Certa vez, Iván ponderou sobre o fato de gostar de cuidar das pessoas, por tabela, medicina seria a melhor opção, não?

Ao seguir sua intuição, por volta dos 16 anos ele disse para si mesmo que assim o faria, guiado pela certeza de que encontraria a felicidade como médico.

Mas, uma bela reviravolta o acometeria anos depois.

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De médico e drag queen todo mundo tem um pouco

Junto aos estudos acadêmicos, Iván também começava a explorar o universo LGBTQIAP+ por meio de longas-metragens como Priscilla, a Rainha do Deserto, entre outras produções do mesmo estilo.

Em comum os filmes lhe apresentaram aquelas que são conhecidas como drag queens.

Ao passo que o seu interesse aumentava no assunto, as reticências surgiam, afinal, drags não gozavam de um bom status social.

O receio natural sobre o que as pessoas e sua família falariam acabou tendo consequências na vida de Iván. Acuado, passou um longo período vivendo seu lado artístico no sigilo.

Assim, mesmo sempre podendo contar com o apoio familiar e pais que queriam vê-lo feliz, ele atravessou uma fase difícil na qual, infelizmente, apenas a medicina não era suficiente.

A sensação de descontentamento, vale lembrar, teve seus efeitos ampliados em quem passou boa parte da vida no armário, negando a própria essência.

Sendo assim, é chegada a hora da metamorfose.

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De repente rainha

Envolvido com a comunidade cristã espanhola, Iván chegou a levar, no ano de 2011, aos 22 anos, em Madrid, um cálice para o Papa Bento XVI na Jornada Mundial da Juventude.

A atividade tem a ver com uma criação religiosa onde, na época, assuntos como Orgulho Gay, casamento entre pessoas do mesmo sexo e outras pautas LGBTQIAP+ não eram levadas a sério.

No teatro de sua escola católica, com padres na plateia, Iván apresentou-se diversas vezes. Caracterizado como mulher, vale lembrar.

Apesar de sua dedicação, o que fora visto em cena não foi bem recebido e Iván gentilmente foi convidado a se retirar do grupo teatral, deixando para trás o grupo de alunos que foi monitor durante 7 anos.

Independente do desfecho, uma coisa era certa: ele fez drag sim.

Tudo isso respingou no seu trabalho como médico. Ao atender, quando um paciente(a) notava algum resquício de maquiagem ou glitter, ele pedia desculpas e seguia a consulta, sem misturar medicina e drag.

Iván, por sinal, acredita que um médico que conhece seus pacientes apenas pelo número do leito que ocupam não está exercendo a sua profissão, profissão para a qual seria perfeito uma semana com cada dia durando 48 horas.

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Pense que estamos falando de alguém, Dragliciosa, que trabalhou em dois hospitais madrilenhos ao mesmo tempo como médico emergencista.

Um dia, na companhia de 4 amigos, cervejas e a criatividade potencializada pelo álcool, eles pensaram sobre o projeto de fazer musicais para pessoas carentes.

A sugestão virou o espetáculo We Will Rock You, um tributo à banda inglesa Queen onde 30 pessoas participaram dele.

Surge então a diretora, Vanesa Balaguer Yuste, que indaga Iván sobre certa personagem má, a qual ele viveria com uma peruca não tão boa e saltos de leopardo: “Você se atreve a fazer o papel de Killer Queen?

Nervoso, com medo de cantar e dançar ao mesmo tempo, o desafio também consistia em viver uma ditadora soberana num mundo futurista. Será que ele aceitaria?

A resposta para esta pergunta foi um sonoro sim, fruto de uma vontade inconsciente de apenas fazê-lo. Decidido, trabalhou na personagem, acrescentou seu toque pessoal e o resultado foi a aprovação popular, do público e atores envolvidos.

A experiência, que aconteceu na hora certa, em 26 de maio de 2013, serviu para duas finalidades específicas: de um lado, Iván viu que, de fato, é inviável viver de acordo com o que a sociedade quer.

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Do outro, uma nova rainha foi batizada em grande estilo, afinal, Killer Queen é uma música escrita por Freddie Mercury, registrada no disco Sheer Heart Attack (1974).

A faixa versa sobre uma garota de programa de luxo e foi a 1° do Queen a fazer sucesso nos Estados Unidos. Guarde a informação para mais tarde, combinado?

Hoje em dia, ao escutá-la, inevitavelmente Killer Queen recorda da situação em que sua drag nasceu. A memória transporta-a também para outro ponto a ser destacado em nosso próximo tópico.

Ao perceber o sucesso de sua participação no teatro, Killer começou a assistir RuPaul’s Drag Race em 2014 por indicação de um amigo que morava nos Estados Unidos. Impressionada, maratonou as 6 primeiras temporadas.

Ao entrar em contato com o programa de RuPaul, de cara Killer entendeu alguns pontos, como: era preciso mudar sua drag, trabalhar nela novamente.

Ver um homem mais velho de peruca na televisão a ajudou a acreditar que os sonhos existem para serem conquistados. Melhor do que tudo, sonhar pequeno está fora de cogitação.

O que faz uma rainha matadora?

Após as primeiras investidas teatrais na rainha que viria a se tornar, Killer Queen migrou para a noite de Madrid, na qual participou de Mamá, Quiero ser Travesti, um certame que, veja só, visava propagar drags novas na cena cultural.

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Baby Queen, ela ainda fazia números sobre grandes divas pop, o que mudou, tempos depois, quando Killer descobriu, com Ariel Rec, sua irmã drag da 2° temporada de Drag Race España, que o palco empodera,

Nesse começo de carreira, a família de Killer era um tanto relutante quanto ao que o filho fazia, no entanto, tempos depois sua mãe aderiu a tudo.

Junto a ela, os amigos felizmente se fizeram presentes, representando sua base de apoio e incentivo através dos primeiros concursos que enfrentou como Killer Queen.

Aliás, ao contar para os colegas de trabalho sobre sua nova profissão, grande parte deles, além de não terem mostrado espanto, ficaram interessados no assunto.

Até aqui tudo bem, com o pequeno grande adendo que os contratantes madrilenhos, similar ao que acontece no Brasil, tendem a desvalorizar o trabalho das drag queens.

O valor de remuneração oferecido não é suficiente para abranger o custeio de quem se dedica a esta arte, algo que demanda dedicação, tempo e esforço acima do normal.

Independente disso, é como Killer Queen que Iván tem sua válvula de escape da rotina desgastante e agitada como médico. A fuga da realidade, por assim dizer, funcionou e resultou na sua 1° gorjeta, dada em Valência.

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Como drag, Killer é devota da versatilidade, sendo camaleônica nas silhuetas e perucas. Inspirada em histórias em quadrinhos, heróis, heroínas e vilões da Disney, pratica a sua fantasia para te matar com amor, claro!

O princípio fora difícil, não só porque Iván leva 4 horas para virar à Killer Queen, mas principalmente por drag ser uma profissão que requer dinheiro, bastante dinheiro. O fator financeiro, para ela, consta entre as partes mais difíceis de ser rainha.

Todavia, isso não a impediu de participar, em 2020, de Latin Drag Race Internacional, uma competição on-line onde representou a Espanha.

Para o concurso, Killer gastou por volta de 100 a 150 euros por modelo de passarela, todavia, ela teve que sair da competição devido a urgência causada pela covid-19, o que a obrigou a atuar estritamente como médica em 2 hospitais diferentes.

E, com ou sem tempo, o ativismo nunca esteve fora do seu campo de visão. Ciente do poder transformador das drag queens no combate a LGBTQIAP+ fobia, Killer exerce ferozmente a política por meio de sua persona.

Uma prova disso é que, em 2021, durante uma apresentação, uma pessoa da plateia pediu para que Killer não misturasse política com drag. Ela disse: “Drag é político“. O momento viralizou na internet e você pode conferi-lo no tuíte fixado da rainha.

Finalmente, em novembro de 2021 Killer completou 7 anos como drag queen. Em 2022 ela se apresentou nos Estados Unidos pela 1° vez.

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Emoções fortes, mas nenhuma como uma certa franquia espanhola de um programa conhecido mundialmente. Você sabe qual é?

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Drag Race Espana temporada 1/36 curiosidades

1) Um dia, Killer levantou da cama e foi bombardeada com uma notícia importante para o seu país: Drag Race España aconteceria finalmente. A priori, ela achou que tratava-se de fake news, mas entrou no Twitter e tacharam…
2) Killer ficou emocionada e mais ainda quando recebeu a notícia de que faria parte do elenco da 1° edição. Isso aconteceu no dia do seu aniversário, 2 de fevereiro, o mesmo do programa americano.
3) Mas, a aventura começa um pouco antes do final de 2020, quando Killer recebe a 1° ligação da produção de Drag Race España.
4) Os chefes de Iván não sabiam que ele participaria do reality show. O argumento utilizado foi o de um suposto projeto pessoal que o faria ficar ausente por um mês. Para evitar qualquer tipo de problema, o período seria descontado de suas férias. Eles não se opuseram.
5) A propósito: Iván também é o nome de batismo de Sagittaria.
6) No Meet The Queens, Killer afirma que é uma piñata ambulante, do tipo que vê algo brilhante e já pega para si. Segundo a própria: “Sempre, mais é mais“.
7) Ao se apresentar pela 1° vez em Drag Race España, a rainha disse: “Estou escutando que aumentaram suas pulsações. É que a Killer Queen acaba de chegar na sala de trabalho?
8) 6° a entrar na sala de trabalho, ela foi apenas safe na estreia, Bienvenidas a España!
9) A mesma posição se repetiria na semana seguinte, Divas, na qual Killer fez parte do grupo pop de garotas Las Metal Donnas, na companhia de Hugáceo Crujiente, Carmen Farala e Sagittaria.
10) Como parte do desafio principal do 2° episódio, Killer teve que escrever versos para uma música, a saber: “Yo soy Killer Queen, he venido a matar soy una asesina, busco la libertad. Mensaje salvaje, no puedes parar. La revolución tenemos que luchar, pon luz a tu vida, es más divertida. La vida en drag empodera y activa. Vive tu vida, no te escondas más, fuera el odio, más diversidad“.
11) Na língua portuguesa: “Eu sou Killer Queen, vim para matar, sou uma assassina, procuro a liberdade. Mensagem selvagem, não se pode parar. A revolução temos que lutar, coloque luz na sua vida, é mais divertida. A vida em drag empodera e ativa. Vive a tua vida, não te escondas mais, fora o ódio, mais diversidade“.
12) Na sequência, Killer vence o mini desafio do episódio 3, Mocatriz, que pedia a criação de uma roupa esportiva e uma persona jogadora de futebol.
13) Como prêmio, ela pôde escolher os pares e as revistas para o desafio principal, optando por Arantxa Castilla-La Mancha. Juntas elas fizeram a revista Abuela e não para por aqui.
14) Nesse mesmo episódio Killer desabafa com Arantxa sobre a gordofobia vivida na época escolar. “Eu tive muitas inseguranças sobre meu corpo. Quando criança, eu era obesa mórbida. Eu pesava 120 quilos . Você era o centro das atenções por bullying na escola”.
15) Ela também relatou sobre outras intimidações vividas na fase estudantil, como quando estava num balneário e seus colegas ficavam esperando para vê-la tirar o roupão e fazer fotos com o celular.
16) A perseguição continuava nos vestuários, porque seus colegas aguardavam quando Killer ia se trocar na tentativa de filmá-la e fazer chacota com seu peso e homossexualidade.
17) Por fim, Killer menciona que não se sentia amada e que não gostava do que via ao se olhar no espelho. A insegurança gerada pelo preconceito a fez ter dificuldade de ir para a escola, com a mesma fingindo estar doente para faltar às aulas. Sua mãe aconselhava a não ligar para isso e que deveria ouvir as coisas por um ouvido e sair pelo outro, como diz a crença popular.
18) Dando sequência na competição, o Snatch Game chega no 4° episódio e, com ele, a 1° e única vitória de Killer Queen, no papel da ex-vice ministra da Presidência e Justiça da Comunidade de Madrid desde 2019, Isabel Díaz Ayuso.
19) Ao personificar uma figura arriscada, tida como fascista, Killer mexeu num vespeiro, afinal, como médica e gay, ela é diretamente afetada por Isabel, uma pessoa que, por exemplo, não ajuda na situação da saúde madrilenha e muito menos da diversidade. O saldo é que a rainha incomodou direitistas espanhóis que acharam que sua musa estava sendo atacada numa paródia na TV.
20) Vitoriosa, Killer avança para The Art of Drag, episódio 5, onde apresenta um look em homenagem a Salvador Dalí na passarela Arte Español: Eleganza Extravaganza. Roupa experimental, este modelo, segundo Killer contou à imprensa, é o que mais representa sua essência criativa. Ela o costurou no dia anterior a gravação, quando os tecidos chegaram.
21) Mesmo assim, ela dubla pela 1° vez contra Hugáceo Crujiente. Ao som de Espectacular (Fangoria), garante sua permanência no jogo e avança para Drags de la Comedia.
22) No 6° episódio, Killer encara um roast dos jurados e a categoria La Noche de las Mil Rosalías. Nela serviu um roupa na qual não estava confortável por estar bem longe de sua drag, porém, os jurados aprovaram e ela ficou entre as 3 melhores e respirou aliviada como top 4 da temporada.
23) Clássico, o makeover surge no 7° episódio. Killer monta em drag Fernando, jogador de rúgbi do Madrid Titanes. Antes de virar a Titan Killer, ele causou suspiros nas rainhas e sofreu com um processo conhecido como tuck.
24) Desconforto à parte, Killer acabou dublando pela 2° vez, agora contra Sagittaria e Pupi Poisson. Salva após o lip sync de Cuando tú vas (Chenoa), ela ainda participou do episódio 8, Drag Race España Reunion Show.
25) Nele ela improvisou uma roupa de última hora, feita na noite que antecedeu a filmagem da reunião. Sua mãe e tia ajudaram com as joias. A pluma foi um presente de uma drag que Killer já admirava antes do programa: Drag Vulcano.
26) Finalizando a temporada, a nona semana traz consigo uma performance de U Wear It Well, de RuPaul, como desafio principal. Carmen leva a coroa, você sabe, mas outras coisas ainda aconteceram.
27) No mesmo dia ela usou uma roupa que homenageia Úrsula, de A Pequena Sereia, a vilã preferida de sua mãe e da própria Killer.
28) No episódio de coroação ela serviu um look “líder de alta liga Pokémon de gelo“.
29) Mesmo sem o prêmio principal, Killer queria vencer Drag Race España para ser a rainha política que o país precisa.
30) Ela mesma ficou surpresa de ter chegado a final por considerar os desafios complicados e exigentes conforme as semanas iam progredindo.
31) Sem uma estratégia específica, Killer objetivava ser uma jogadora exemplar, ajudando suas irmãs e deixando claro que, enquanto drag, seu recado é que o mundo pode ser um lugar melhor.
32) Plural, Killer também fez questão de ressaltar sua versatilidade estética, propondo sempre variedade e nunca mais do mesmo.
33) No fim do dia, a experiência serviu para aprender a valorizar as críticas construtivas, com uma nova Killer nascendo, agora uma drag que até faz um estilo mais feminino, ou seja, aquela que ouviu um conselho e o colocou em prática.
34) Ah, Killer e Ariel Rec, da 2° temporada de Drag Race España, sonhavam participar da mesma edição. Seria a ocasião perfeita para elas fazerem um remake do lip sync Raven versus Jujubee, à moda espanhola, óbvio!
35) Ambas ajudaram uma à outra na preparação para o show.
36) Um fato curioso é que Pupi Poisson esteve presente no dia que Killer Queen nasceu.

Conclusão

Com Killer Queen aprendemos que de médico e drag queen todo mundo tem um pouco? Sim, mas tem mais.

Em janeiro deste ano ano ela fez um relato triste causado pela quarentena, coronavírus e companhia. Nele Killer conta da tristeza causada por este quadro no geral, o que a obrigou a deixar as atividades como rainha de lado para se dedicar a medicina. Um baque para quem concilia as duas vidas há cerca de uma década.

Mas, aos 33 anos, esta rainha já te ensinou 4 coisas:

1) Drag é política, cariño.
2) Mais é mais.
3) Mate eles com bondade.
4) Ela é suave como porcelana, perigosa como uma aranha.

E o que mais? Você confere agora mesmo na entrevista abaixo, Dragliciosa!

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>  Drag Race España 3 | Trailer oficial
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Como surgiu a ideia de fazer a canção No Eres Como Yo, com Ariel Rec, da 2° temporada de Drag Race España?

Ariel e eu somos irmãs em drag e fora de drag, grandes amigas, por isso muitos projetos nascem de um jantar ou de uma sessão fotográfica ou do tempo passado juntas. O projeto de lançar um single em parceria era algo que estava em nossas mentes há muito tempo, a nossa ideia era criar um single talvez não tão comercial mas que pudesse ser uma canção que inspirasse e encorajasse todas as crianças que sofrem bullying e as fizesse saber que não estão sozinhas. Por isso, um dia saltamos para a piscina e dissemos: “Vamos cantá-la”.

Quais são, por ordem de preferência, os seus três momentos favoritos no vídeo musical de Karma com a Ariel Rec?

Penso que os meus momentos favoritos desse videoclipe estão fora das câmeras e permanecerão nos nossos arquivos secretos, haha, como quando caí no mar entre algumas rochas com toda a minha maquiagem na água e quando nos perdemos com o carro à noite naquela cidade fantasma e temos o terror no nosso corpo. Talvez pelo que podem ver eu guarde o momento em que filmamos na aldeia abandonada e o momento em que saímos da água penso que foi muito poderoso, e finalmente, como terceiro, o momento na selva que era na verdade um jardim minúsculo e estávamos rastejando no chão, mas éramos realmente divas.

Qual era a atmosfera no estúdio quando gravou a sua primeira faixa solo, Drag Power?

Drag Power era um projeto em que eu vinha trabalhando há muito tempo e tinha também um objetivo muito claro, que era ser um hino para a diversidade de drag e para o empoderamento do coletivo.

Quando se tratava de decidir a equipe para fazer a sua música, o que era mais importante para você: talento ou personalidade?

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Assim, sem dúvida que decidi que o que seria mais importante no projeto seria a personalidade, que seria algo não tão comercial mas que lhe daria força quando o ouvisse e que gostaria de se juntar a esse exército de super drags. O ambiente de gravação foi ótimo porque Ariel me acompanha sempre para me dar conselhos e sobretudo apoio, por isso desfrutamos muito e a canção foi gravada muito rapidamente e apreciámos muito o resultado.

Se você pudesse formar um grupo pop com outras 4 drag queens, quem escolheria da sua temporada?

Teria dificuldade em decidir sobre mais 4 parceiras, mas penso que sem dúvida a equipe seria indispensável Arantxa Castilla la Mancha, Hugáceo Crujiente, The Macarena e Pupi Poisson.

Qual será o nome do primeiro single?

E o nosso primeiro single seria chamado “Gasolina y Purpurina”.

Qual das suas duas vidas é mais desafiante: como médico ou como uma drag?

Hahaha, estou mais do que preparada para uma situação apocalíptica, porque desde criança tive uma obsessão por holocaustos de zombies e nas minhas noites sem dormir eu trabalhava todo o plano de sobrevivência. Penso que embora ambas as vidas sejam um desafio, especialmente para conseguir dormir o suficiente, hahaha, acho que sem dúvida que o mais desafiante é a medicina porque se tem a vida das pessoas nas mãos e uma decisão errada pode ser decisiva, e por vezes é preciso tomá-las com fadiga e muita pressão.

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Você seria muito útil para uma situação apocalíptica, afinal, uma pessoa só precisa de arte e medicina, não é verdade?

Penso que a coisa mais interessante sobre o meu drag numa situação comprometedora é que, neste momento, faço um lip sync como se eu estivesse fazendo uma ressuscitação.

Uma questão pessoal. Você já viu alguém como médico que te reconheceu como Killer Queen?

A verdade é que principalmente os jovens e eu acho super legal, porque as pessoas costumam ter palavras muito bonitas para você. Me lembro de um dia em que estava dando alta a um menino do pronto-socorro, ele me disse: “Gosto muito das duas facetas que você tem em sua vida, obrigado”, e me emocionei. Novamente também foi muito engraçado com um paciente alcoolizado que começou a gritar: “Olha se é Killer Queen” e eu morri de vergonha.

Quantas horas você passou gravando o Snatch Game? Imagino que foi cansativo, certo?

Toda a gravação do Drag Race foi extenuante, muita pressão, muitas horas e acima de tudo muita demanda tanto do formato quanto própria para dar o melhor de você. Nem me lembro mais das horas, mas lembro que sempre acabava com dor no pé.

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Na internet fala-se da manipulação dos produtores de RuPaul’s Drag Race em relação a competição, onde deliberadamente eles criam situações tóxicas entre as concorrentes. É real? Você acha que algo assim aconteceu na sua temporada?

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Ainda não posso falar sobre isso.

Finalmente, se drag é um ato político, a rainha que não fala sobre questões políticas está na profissão errada?

Acho que cada um escolhe seu caminho na vida e principalmente o que faz com seu drag porque drag é diverso e não se rege por padrões específicos, mas acho que ignorar que nossos corpos e nossas ações são políticos é um verdadeiro erro. Também acredito firmemente que como drag queens e parte do coletivo não podemos viver à parte da realidade política que nos cerca. O coletivo tem uma grande história de reivindicação ligada à política para conquistar os direitos que temos hoje e ainda há muito pelo que lutar, então, não faz sentido ficarmos com uma cara bonita ou uma atuação escandalosa se não houver é uma mensagem por trás disso, porque podemos e devemos ser bandeiras do coletivo e incentivar a caminhar na luta, pois embora pareça difícil de ingerir, nem tudo foi alcançado ainda, eles continuam nos matando.

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Para ler outras entrevistas exclusivas da Who’s That Queen clique aqui.

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