Homens gays são mais propensos a votar em políticos conservadores do que a população em geral.
Um historiador gay revelou que nos principais países ocidentais, os homossexuais são mais propensos a votar em partidos de direita.
Samuel Huneke, da Universidade de Stanford, analisou os dados eleitorais de 14 eleições em cinco países ocidentais: EUA, Reino Unido, França, Alemanha e Brasil.
Ele descobriu que nos EUA, as pessoas LGBTI apoiaram o Partido Democrata. Mas os homens gays eram mais propensos do que o eleitorado geral a apoiar partidos conservadores ou de extrema-direita em outros países ocidentais. Huneke escreveu na LA Review of Books:
Os eleitores LGBT em outros países [fora dos EUA] eram menos propensos a apoiar um partido conservador (ou, em alguns casos, a extrema direita) em uma média de apenas 7%. E quando você olha apenas para homens gays, os resultados são ainda mais impressionantes. Em outros países, os homens gays eram, em média, mais propensos do que o eleitorado geral a apoiar um partido conservador ou de extrema-direita.
Em 2018 nas eleições nos EUA, 82% dos eleitores que se identificaram como LGBTI votaram no Partido Democrata.
Mas praticamente nenhum outro país tem grupos LGBT e partidos de esquerda criando uma aliança tão duradoura ou frutífera.
“Em muitos outros países ocidentais, partidos de direita e virulentamente homofóbicos desfrutam de apoio considerável entre os eleitores gays”, escreveu Huneke.
Por exemplo, no Brasil, 29% dos eleitores LGBTI votaram no candidato notoriamente homofóbico Jair Bolsonaro. Ele iria ganhar a eleição e retirar os direitos LGBTI em seu primeiro dia no cargo.