Conforme nos preparamos para acompanhar a nova temporada de RuPaul’s Drag Race, podemos conhecer um pouco mais das rainhas de seu elenco, seja nas redes sociais, Meet The Queens ou entrevistas que elas tem concedido por aí. Então em nosso “ESQUENTA DA S13” é hora de conferir a entrevista de Symone para a EW.
#DragRaceRuveal S13: a sexy sem ser vulgar, Symone 👑 #DragRacepic.twitter.com/lYByv4P6oW
— draglicious.com.br (@dragliciouz) December 9, 2020
Symone sabe que ela é bonita. Isso fica claro ao percorrer seu feed cuidadosamente organizado do Instagram, repleta de editoriais extensos, ou quando, depois de elogiar seus looks nos primeiros minutos após conhecê-la, ela diz (com uma piscadela) que é “muito divertido – o mais divertido” ser a mais bonita em toda a terra do drag. Mas, como sua querida irmã Gigi Goode, Symone se inclina para uma estética confortável para que ela possa puxar o tapete quando você menos esperar.
“As pessoas são sempre bonitas e sabem como montar um visual, é fácil fazer isso, por isso é sempre divertido virar isso de cabeça para baixo”, diz a nativa do Arkansas, que lembra regularmente (e com alegria) de perturbar espaços rurais com seus amigos em uma cidade pequena demais para conter a excelência que fervilha dentro dela. Como, por exemplo, a vez em que ela invadiu um Walmart vestida de Whitney Houston, sentou em cima de uma pilha de caixas de refrigerantes e posou enquanto um companheiro tirava fotos de alta costura.
“Você tem que fazer sua própria diversão, então saíamos em drag em nossos looks e tirávamos fotos, perturbaríamos a paz e zombaríamos da loucura que é o Arkansas … apenas para nos entreter”.
Para Symone, ouvir aquela centelha rebelde permitiu que ela desse vida ao artista drag que existia dentro de si, não apenas como uma saída criativa, mas como um reflexo de seu verdadeiro eu. É imediatamente claro que há menos separação entre a “personagem” drag e a alma genuína do que com muitos de seus colegas. Como uma criança introvertida crescendo no estado republicano dos EUA, Symone era reconhecidamente tímida, muitas vezes se retirando para seu quarto para absorver as influências culturais pop na TV. Essa tábua de salvação para o mundo exterior não moldou uma estética construída como um traje, mas destacou sua verdadeira identidade.
“Para mim, drag não é uma fuga. É tudo”.
Depois de crescida, ela encontrou sua família drag, a lendária House of Avalon, em Arkansas, e eventualmente os seguiu para Los Angeles, onde ela foi capaz de prosperar como uma artista com a base de um espaço seguro com sua família escolhida – que, ela diz, fez ficar mais fácil se preparar para o maior concurso de drag televisionado do mundo graças a uma rede de conexões e, sim, opiniões de como ela deveria ser. Mas, no final das contas, a arte de Symone é toda sobre Symone, e fazer as coisas exatamente como ela quer, sem compromisso.