É difícil não olhar para Miss Abby OMG e não ouvir o refrão do hino de empoderamento de Christina Aguilera, Fighter. Ao longo da primeira temporada de Drag Race Holland, a performer brasileira ficou no bottom 2 quatro vezes, mandando para casa concorrentes como Megan Schoonbrood, Madame Madness e Sederginne. Apesar disso, ela se recompôs e a vadia abriu caminho até a final – fazendo história como uma das duas finalistas a sobreviver a quatro confrontos de dublagem.
“É muito complicado!” ela diz quando perguntamos se ela valoriza seu título de lipsync assassin de Drag Race Holland.
“Por um lado, isso significa que você pode dublar pra caralh* contra qualquer um, mas também significa que você não está indo muito bem nos desafios. Eu ganhei quatro delas [dublagens], então de certa forma é bom! Tem sido tudo tão mágico, embora tenhamos algumas brigas aqui e ali! Parece minha formatura e minha ressurreição drag”.
Confira a seguir a entrevista completa da Gay Times com a Miss Abby OMG, onde ela abre o jogo sobre suas rixas com as concorrentes, como foi transformr seu irmão em sua irmã drag babadeira, e como ela quer sua participação no programa inspire outras drag queens brasileiras a seguirem seus passos.
Parabéns por estar no top 4 de Drag Race Holland – como é fazer parte da história?
[Risos] É muita coisa! Mas estou me divertindo e foi uma semana ótima com as meninas. Passamos momentos maravilhosos juntas, porque é nosso último capítulo! Foi tudo tão mágico, apesar de termos algumas brigas aqui e ali! Parece minha formatura e minha ressurreição drag.
Você lutou por sua vaga naquela final e é oficialmente a primeiro lipsync assassin de Drag Race Holland. Você gosta desse título?
Por um lado, isso significa que você pode dublar pra caralh* contra qualquer um, mas também significa que você não está indo muito bem nos desafios. Eu ganhei quatro delas [dublagens], então de certa forma é bom!
Qual é a sua relação agora com as rainhas que você mandou para casa?
Err… isso ainda é uma coisa complicada. Eu me dou muito bem com a maioria das garotas, mas devo dizer que há algumas garotas que são realmente amargas e não falam comigo. Eu acho isso normal. Vou dar-lhes tempo e isso vai sarar. O tempo cura tudo.
Você também entrou em conflito com a Envy porque ela disse seu nome duas vezes no palco principal – como é esse relacionamento agora?
O relacionamento mudou, mas mudou para melhor, devo dizer. Antes da Drag Race era apenas ‘Ei mana, você está linda!’ E agora podemos dizer merdas uma para a outra como ‘Ei mana, isso não está bem. Talvez você devesse tentar isso etc’. Então, estamos nos ajudando a fazer mais e melhor, e essa é a parte boa. Somos mais honestas do que nunca.
Você acha que conseguiria vencer o Envy em uma dublagem se tivesse chegado a esse ponto?
Oh, com certeza! Estou amarga porque não me deixaram fazer isso, meu bem. Eu não sei se eu poderia mandá-la para casa, poderia ter sido um empate. Ela era tão boa que nem precisava estar no bottom.
Você é uma das únicas rainhas brasileiras a competir na franquia – por que você acha que mais [drags] ainda não conseguiram entrar no programa?
Acho que é porque não existem tantas rainhas brasileiras pelo mundo. E a maioria delas, elas não falam muito inglês. Talvez seja por isso, a barreira do idioma. Além disso, porque a maioria deles mora no Brasil e não há Drag Race Brasil ainda, então acho que elas estão apenas esperando por isso. Espero que minha aparição abra as portas para outro pequeno Henrique ou para a pequena Abby no Brasil que estão me observando agora, que podem estar pensando: ‘Ei, se ela pode chegar à final da Drag Race, eu também posso’.
Nós vimos um lado mais suave em você quando seu irmão entrou na sala de trabalhos e você o montou de drag…
Sim! Isso foi tão fofo. Eu ganhei no momento em que meu irmão entrou.
Como foi transformá-lo em sua irmã drag?