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Drag Race 17 | RuView do episódio 11

A combinação de pouco desenvolvimento no enredo e um desafio de atuação faz deste episódio o mais sem graça da temporada. Confira a resenha do episódio 11 de RuPaul’s Drag Race 17 à seguir.

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🕓 7 min de leitura

Foi ao ar mais um episódio de RuPaul’s Drag Race 17! Leia a seguir a resenha. Contém spoilers daqui em diante.

RuPaul’s Drag Race quer nos lembrar quem são as verdadeiras competidoras. Na semana passada, o programa surpreendeu ao colocar favoritas como Jewels e Lexi no bottom, enquanto elogiava as que estavam em baixa, como Lana, e coroava Lydia como vencedora do desafio. Esta semana, porém, o programa pareceu dizer: “Isso foi divertido. Agora, voltemos ao normal”, e colocou Lydia e Lana para dublar. Não que a decisão seja injusta, mas a empolgação da semana passada perde um pouco do brilho, já que a temporada voltou ao rumo esperado. A semana passada foi uma reviravolta; esta foi… bem, não sei o oposto de umgol no futebol, mas foi isso.

Além disso, é um desafio de atuação. Acredito que esses desafios são importantes em Drag Race, já que testam habilidades úteis no mundo real, como memorizar falas, dominar palco, seguir direções e entregar piadas. Mas também são terríveis de assistir. Tenho pesadelos com “Breastworld”. Este desafio segue o padrão: é ao mesmo tempo excruciante e informativo. O problema é que as informações que obtemos não são tão emocionantes. A combinação de pouco desenvolvimento no enredo e um desafio de atuação faz deste episódio o mais sem graça da temporada, e, depois da empolgação da semana passada, é decepcionante.

É um testemunho da força do episódio anterior que o mais emocionante desta semana foi o desdobramento do drama. No início, as queens descobrem que Arrietty deixou um bilhete maldoso no espelho para Onya, criticando seu hálito após a briga no Untucked. Onya revela a Jewels que tem uma condição que causa mau hálito. Embora Jewels diga que Onya confidenciou isso especificamente a ela, não faz sentido acusar Arrietty de zoar o hálito de Onya sabendo disso. Ainda assim, foi uma jogada bem maldosa, do tipo que não víamos desde os tempos de Raven e Mariah Paris Balenciaga, e mesmo elas não foram tão pessoais. Não gostei.

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O desafio de atuação é anunciado: uma paródia de Feud: Capote vs. the Swans, de Ryan Murphy, chamada “Ross Matthews vs. the Ducks”. Basicamente, é uma desculpa para Ross Matthews fazer sua imitação de Truman Capote (nada mal!) enquanto as queens interpretam personagens que às vezes são versões de pessoas reais e, outras, apenas arquétipos.

Após ler o roteiro, Lana pede para fazer uma cena com Onya (o que acaba sendo um erro), e a distribuição de papéis corre bem até chegarem ao último. Jewels e Suzie brigam pelo papel de “Chicago”, uma paródia de Tiffany “New York” Pollard, que repete o discurso anti-Gemma Collins de Celebrity Big Brother UK. Suzie quer o papel porque é um monólogo, e Jewels porque ama a versão original. Nem uma nem outra são conhecidas por imitações de qualidade, mas entendo a briga. Lexi intervém, dizendo que não quer que Suzie fique com o papel por causa de seu “complexo de Suzie”. Após um pouco de apoio das outras, Suzie acaba com o papel que ninguém queria.

Se estou dando crédito demais a Lexi, diria que ela pressionou Suzie a pegar o papel para trabalharem juntas, o que é ótimo para seu arco. Ela deve saber que sua rivalidade unilateral com Suzie é sua grande história na temporada, e a única forma de evitar um lip-sync entre as duas é neutralizar o conflito logo. Esta semana, ela fez um bom trabalho nisso, até o final, que veremos adiante. Mas ainda quero ver esse lip-sync. O (potencial) drama!

O desafio é nominalmente dirigido por Cheyenne Jackson, mas, na prática, Ross Matthews não para de dar palpites. Lana se sai surpreendentemente bem, mas Onya, sua parceira de cena, se destaca mais. Sam faz um bom trabalho, mas Lydia tem dificuldade com o volume. Suzie é ótima, e Cheyenne a chama de “atriz”, enquanto Lexi trava nas falas. Jewels se cansa de esperar e esquece suas falar. No geral: ninguém é tão ruim em seguir direções a ponto de tornar as cenas engraçadas. Prefiro Kenya Michaels dizendo “I kinda like the smell” e Madame LaQueer incapaz de dizer “Ew!” como Lucille Ball.

A parte da maquiagem é fofa, mas sem grandes acontecimentos. Sam e Lydia agora se dão bem, e Lana não sabe rimar. No runway, o tema é Black and White Ball (um evento que Capote organizou).

Sam arrasa com um look inspirado em máscaras, arlequins e bufões. Não amo todas as estampas que ela mistura, mas o efeito geral é impactante. Lana acerta nas mangas volumosas e na peruca, mas o look ganharia muito com padding. O look de Onya não me impressiona — suas proporções estão um pouco desajustadas de novo. Adoro o look de Lydia: as estampas são fantásticas, a peruca é fabulosa, e é meu favorito dela até agora. O look felino de Suzie com franjas é ótimo, mas concordo com o jurado convidado Sam Smith que uma cintura mais definida ajudaria. O vestido de Lexi é curto demais, e o degradê é rápido demais. O look felino desenhado de Jewels deixa os jurados obcecados. Acho que é bom, mas Ross diz que merece ir para o Smithsonian, o que já é exagero.

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No desafio, Onya e Lana são as primeiras, interpretando rappers rivais. Lana se sai bem, mas é completamente ofuscada por Onya como Big Fupa. É difícil ver Lana ser criticada por não se destacar, já que ela se esforçou tanto e melhorou muito em relação ao início da competição. Ainda assim, Onya arrasou. Diria que ela está entre as três melhores atrizes da história do programa. Ela é completamente profissional, rouba a cena em todas as falas e, com seus olhares, praticamente cria novas piadas. Seu timing é impecável. A palavra que vem à mente ao ver Onya atuar? Contratável. Você poderia colocá-la em um sitcom da vida real interpretando uma drag queen, e ela se encaixaria perfeitamente. Não se pode dizer o mesmo de nenhuma outra queen desta temporada — ou da maioria das temporadas. Ela é uma performer incrível.

Todas as cenas seguintes sofrem por não terem Onya. Os jurados agem como se a vitória fosse entre ela e Sam Star, que interpreta uma dona de casa sulista, mas não há competição. Sam é boa, certamente melhor que sua parceira de cena Lydia, mas também é mediana. Esse é o nível de desempenho que garante boas colocações, e até vitórias, em outras temporadas, mas essas temporadas não têm Onya.

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Suzie, na minha opinião, é melhor que Sam no desafio. Como uma “Real Housewife”, ela entrega uma performance clara e profissional. Mas sua maquiagem e linha da peruca estão ruins, e o problema que tenho com Suzie como atriz é que ela raramente entrega “drag queen”. Ela nem chega ao nível de caricatura de Marisa Orth; ela apenas interpreta a cena com sinceridade. É muito bom, mas acho que, para elevar sua performance, ela precisa ser mais grandiosa. Ainda assim, os jurados tratam Suzie e Lexi como iguais, provavelmente porque o arco é conveniente, mas elas não são. Lexi é competente, mas poderia facilmente receber críticas semelhantes às de Lana por ser ofuscada, se os jurados quisessem.

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Lydia, como proctologista, e Jewels, como Chicago, têm problemas semelhantes: não são performers grandiosas o suficiente. Lydia não mastiga as palavras para chamar atenção, e Jewels é plana como Chicago. Às vezes, os jurados reclamam que as queens se limitam a certos estilos, mas parece um erro desnecessário que Jewels quisesse tanto ser Chicago. O personagem é muito diferente dela, e ela não é uma atriz de primeira. Ela deveria ter feito o papel de Suzie.

Ru então pergunta quem deve ir para casa e por quê. Grande momento! Todos, exceto Onya e Suzie, erram feio. Suzie diz Lana por seu histórico, Onya diz Lydia por ser ruim em Drag Race, Lydia diz Onya por ser competição, e todos os outros dizem Suzie. Obviamente, Suzie não vai para casa. Acho que foi uma decisão ruim da parte de Lexi, pois aumenta as chances de uma dublagem entre as duas, depois de uma semana bastante boa para ambas.

Onya vence o desafio (óbvio), e Lydia e Lana acabam no lip-sync, em parte porque todos estão obcecados com o look de Jewels, mas também porque, excluindo a semana passada, Lydia e Lana são… meio ruins em Drag Race. Desde o anúncio da dublagem, passando pela revelação da música (“Unholy”), até a metade da performance, eu estava certo de que Lana iria para casa e Lydia ficaria. Lydia não consegue se mover muito no vestido, mas é super expressiva e divertida. Então, ela decide cortar o vestido durante o verso crucial de Kim Petras e se enrola nos próprios farrapos. Lana, enquanto isso, faz um split. No final, Lydia é eliminada, o que é frustrante — nesta fase da competição, uma das queens deveria vencer o lip-sync. Esta semana, não é tanto que Lana venceu, mas sim que Lydia perdeu. Será que adivinham quem vai para casa na próxima semana?

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DESAQUENDANDO AS CONSIDERAÇÕES FINAIS

O primeiro Untucked sem Arrietty é, sem surpresas, sem graça. Sam Smith aparece nos bastidores.

Lana mais uma vez diz que seu look na runway é “algo que nunca fiz antes”. Alguns na internet estão irritados com suas afirmações constantes de que cada look é novo, mas eu acho hilário.

A maior risada da noite foi Ru dizendo: “Neste ponto da competição, todas estão indo muito bem, mas acho que sabemos o que temos que fazer… mandar Suzie Toot para casa!”

Previsão de top 4: Onya, Sam, Suzie e Jewels, nessa ordem.

Episódio caoticamente perfeito merece 5 coroas.

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Via Vulture. Leia mais notícias de Drag Race 17 aqui.

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