Drag Race Brasil 1 | Resenha do episódio 7

Chegamos na metade final da primeira primeira temporada de Drag Race Brasil. O climinha de Corrida das Melhores Amigas de RuPaul já ficou no passado, pois senti uma leve hostilidade das rainhas com Naza ao apagar a mensagem de despedida de Rubi, eliminada anteriormente, ao dizer que a sister era uma “fashion queen do caralh*” e foi corrigida por Miranda que ainda apontou o dedinho: “Não, não! Ela é uma queen do caralh*”.

As rainhas estavam bem tristes e indignadas com o último sashay away. Além disso, fiquei comovido com o choro de Hellena com a eliminação de Rubi, uma pena a edição não ter mostrado nos episódios anteriores como as duas eram próximas, assim ficou parecendo que a rainha só queria tempo de tela forçando choro pela outra.

Como se o clima já não estivesse tenso suficiente entre as queens, Grag anunciou que o mini-desafio da semana seria o clássico “fantoches”. Nesta brincadeira as competidoras pegam fantoches que representam suas rivais, precisam transformá-lo na respectiva drag e ainda servir uma boa imitação da sister, cheia de shades para ela, de preferência.

E foi isso que rolou! Ninguém foi poupado. Desde a escolha aleatória dos bonecos até sua transformação em drag a língua de chicote das drags não pararam. Os alvos em evidência foram Naza e Dallas, categorizadas como rainhas fáceis de montar em cinco minutos, pois de acordo com suas manas são básicas.

No mini-desafio então a gongação foi  ainda mais pesada. As gatas não tiveram papas na língua e não se pouparam de mandar aquele shade cheio de verdades. Eu ri de tudo, pois drag é isso, não se levar a sério. Esse momento ainda serviu como uma mini-retrospectiva do que rolou até aqui na temporada, com as drags relembrando fatos ocorridos para gongarem aquelas representadas pelo fantoche. Por fim Grag declarou Miranda Lebrao (que fez Hellena de Narcis) a vencedora do mini-desafio.

Então vamos para o desafio da semana: costura! Neste episódio as rainhas serviram dois looks na passarela, um branco, trazido de casa, e outro preto, que elas costuraram na sala de trabalhos e que tivesse ligação com o look branco.

Indo para a passarela, meus looks brancos favoritos foram: Hellena, bem vilã do gelo de revista de super-herói; Naza de ursinho de pelúcia, tão fofa, queria apertar; e a opulenta Iemanjá de Organzza, que perfeição de look, babei muito.

Quanto aos looks pretos, os favoritos foram: Betina de dominatrix; Organzza bem street wear; Naza servindo inseto de pelúcia; e Miranda viúva de alta costura pronta pra esbanjar sua herança.

Já as piores foram, definitivamente, Hellena, Dallas e Shannon. Vejas, não são looks ruins, em outras franquias poderiam até ter destaque positivo. Mas em comparativo com as outras rainhas ficaram abaixo do servido. E olha que isso diz muito das habilidades desse elenco, provando em mais um desafio de costura que nossas rainhas são muito boas na hora de criar um conceito e executá-lo. Fiquei orgulhoso do que elas serviram, estão de parabéns de verdade.

Por fim, Grag declarou Miranda a vencedora do desafio, e olhando o conjunto da obra eu concordei, especialmente por achar o look que ela costurou na week room o melhor de todos.

Com Hellena salva, Shannon e Dallas tiveram que dublar por suas vidas e que dublagem maravilhosa. Shannon deu uma aula de boa dublagem sentindo a música do início ao fim e assim recebeu o justo shantay e Dallas levou um sashay away. Desejo todo sucesso para De Vil. E que venha o ball da temporada!!!

Shannon e Dallas dublando “Decadence Avec Elegance”. Que aula de dublagem a Shannon deu, tô toda arrepiada.

E aí, dragliciosas, o que acharam? #DragRaceBrasil
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— draglicious.com.br (@dragliciouz) October 12, 2023

DESAQUENDANDO AS CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muito importante a fala de Miranda na troca com Grag e Dudu no ateliê, quando a rainha disse que precisou casar com o marido, com quem já tinha uma relação de anos, para que ela pudesse acompanhá-lo no hospital em um tratamento médico. Pois apenas assim ela teria o direito de faze-lo, provando de forma legal que são família. Em um momento em que conservadores no Congresso brasileiro tentam tornar ilegal o casamento homoafetivo é sempre bom lembrar que nossos direitos não são garantias absolutas e temos que lutar sempre contra essa sociedade LGBTfóbica.

Achei essencial Organzza, Shannon e Hellena se desculparem com Naza pela forma que ela foi tratada no início do episódio, como Prganzza falou, não era sobre Naza permanecer no jogo, mas sobre Rubi ser eliminada e como sentiriam falta da amiga.

Maria Casadevall e Esse Menino foram os que mais se divertiram até agora na bancada de jurados e isso refletiu no bom julgamento que fizeram, meus favoritos até o momento.

Muito bom uma música diferente para a dublagem, já estava meio saturado de tocarem apenas pop recente.

Esse episódio merece 5 coroas.

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