Foi ao ar um novo episódio de RuPaul’s Drag Race All Stars 7, o All Winners! Leia a seguir minha resenha. Contém spoilers daqui em diante.
Finalmente estreou a tão aguardada RuPaul’s Drag Race All Stars 7, a primeira temporada All Winners do show, que reúne apenas campeãs de temporadas regulares ou All Stars. E o início não poderia ter sido melhor. Shea Coulée (AS5) foi a primeira entrar e então de forma decrescente de exibição de temporada, as demais campeãs foram chegando: Jaida Essence Hall (S12), Yvie Oddly (S11), Trinity The Tuck (AS4), Monét X Change (AS4), Jinkx Monsoon (S5), Raja (S3) e The Vivienne (UK1).
O clima era de muita festa carregado de admiração e shade entre as sisters. Até que uma drag “surpresa” apareceu e era Raven, a qual se referiram como a “primeira substituta” oficial das campeãs da S2 e AS1. Como reclamar não adianta mais, agora levo tudo na zueira. E por isso estou IMPRESSIONADO como Raven está cada dia mais neigra… WAKANDA FOREVER!!!
Tudo não passou de uma brincadeira, afinal Raven continua sem coroa, a para-sempre segundo lugar foi embora e deixou as drags com RuPaul que explicou as novas regras do jogo.
Primeiramente, não teremos eliminação no All Winners, as oito queens irão competir juntas até o penúltimo episódio. Em cada episódio Ru irá escolher o top 2 que dublará por seu legado e pela medalha/broche/emblema (você escolhe a melhor designação) chamada “legendary Legend Star”. Aquela que vencer a dublagem ganha sua medalha e o poder de BLOQUEAR qualquer rainha, exceto a outra do top 2, de receber uma “legendary Legend Star” na semana seguinte caso vença o desafio principal. No fim, o top 4 que tiver colecionado mais “legendary Legend Star” irá para a final disputar uma batalha de dublagens pela coroa e título de “Queen of all Queens”. E apenas uma sairá dali coroada e com 200 mil dólares em dinheiro. E assim temos a estrutura desta temporada que promete muito drama e desempenhos históricos.
Na sequência a “biblioteca” foi aberta oficialmente, e as rainhas se gongaram sem nenhum arrependimento. Raja mostrou que continua com a mesma língua ferina que a vimos usar muitas vezes na S3, ele todas as manas de uma única vez e encerrou chamando-as de BOOGERS. Aiai, voltei lá pros embates da terceira temporada entre Heathers e Boogers, que saudades. Mas no fim quem venceu o mini-desafio foi Jinkx.
Com a biblioteca fechada, Ru apresentou o desafio da semana: criar versos e fazer uma coreografia para sua nova música Legend. Mas antes disso o elenco teve uma masterclass de desfile com a primeira e única Naomi Campbell.
Naomi Campbell dando uma masterclass de catwalk para as rainhas foi incrível!!! Esse #AllStars7 começou muito icônico!! #DragRace pic.twitter.com/7lmEZQOoyk
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A lendária modelo britânica deu dicas sobre como desfilar e dominar o palco e fez Shea chorar de emoção ao classificar seu catwalk como “perfeito”.
Voltando ao desafio principal, foi maravilhoso ver as rainhas em completa sintonia na hora de se prepararem. Colocaram Shea no comando da coreografia e a rainha montou um número digno de campeãs. Aqui vale ressaltar a postura madura delas, não tinha uma estrela querendo brilhar mais que as outras, o objetivo delas era apenas entregar a melhor performance feita no curto espaço de tempo que a produção dá.
Agora vamos para o momento mais importante da noite, o desafio principal. Os trabalhos são abertos por Mama Ru que recebe os jurados fixos, Michelle Visage e Carson Kressley, e depois dá boas-vindas à Cameron Diaz, jurada convidada super fã do show que disse amar as músicas de RuPaul. Óbvio que Mama não ia perder a deixa e se apresentou no palco principal, com direito a dançarinos de apoio e um pouco de vogue. Por mais “mecânica” que Ru pareça, EU AMO quando ela performa, fico batendo palmas e gritando “werk” até cansar!
E a RuPaul performando no ep de estréia do #AllStars7? FOI TUDO!!! WERK!!!pic.twitter.com/CbhyUZ36Sw
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E então as rainhas debutaram o desafio principal do AS7. A música Legend é uma das melhores que as Rugirls já fizeram. Um som ótimo pra dançar na boate até enjoar. O autotune foi muito bem usado, pois a “voz” de todas ficaram ótimas, diferentemente do que costumamos ver nas temporadas regulares em desafios do tipo. Claro que nem todas ali são exímias dançarinas, mas elas serviram tanto carão e presença de palco que uma coreografia perfeita não fez falta, pelo contrário, cada uma se destacou explorando suas peculiaridades, seja Jinkx na teatralidade, Yvie na esquisitice, Jaida, TTT e Viv no carão, Raja no catwalk, Monét e Shea na performance de tirar o fôlego.
E claro que a cereja do bolo ficou para o desfile. Com o tema “I’m Crowning”, cada rainha desfilou em sua melhor forma drag e foi lindo de ver. E aqui fica meu SHOOT especial para Raja que fez um look do qual ela se referiu como seria uma “realeza gay” que para mim foi a evolução de seu lendário look de Maria Antonieta.
E a categoria é: I’M CROWNING! Quem merece TOOT ou BOOT? #DragRace #AllStars7 pic.twitter.com/v9Q8BzSmRv
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A cerca das críticas dos jurados nesta estréia, elas foram dignas de uma final de temporada. As rainhas foram tão incríveis que os jurados fizeram apenas elogios para suas performances e looks. E não poderia ser diferente. Esta é uma grande competição em que não há espaço para desempenho medíocre, todas as rainhas estão dando o seu melhor, servindo tudo que merecemos e mais um pouco!
Minha única observaçao nesse sentido é sobre The Vivienne e Jaida. As duas se saíram bem, mas me pareciam um pouco intimidadas pela grande concorrência. Acredito que elas vão se soltar cada vez mais a cada novo episódio. E será lindo ver o desabrochar das lendas.
A Jaida explicou sua situação no início do episódio, venceu o show durante a pandemia com todos presos em casa. Não teve interações pessoais com fãs que validassem sua coroa, então rola uma certa insegurança. Mas espero que esse AS7 a faça perceber como ela é tão incrível como as demais do elenco e fique com a confiança inabalável daqui em diante.