A estreia canadense de nosso adorado reality veio num momento muito oportuno: durante uma pandemia sem precedentes que nos obriga a ficar em casa vendo reprises e mais reprises. O que poderia ter sido mais uma versão saturada de RuPaul’s Drag Race, se revelou um verdadeiro frescor nessa franquia tão premiada.
E todo crédito da maravilha que é CDR se deve quase que exclusivamente ao seu elenco de drags locais. Poder acompanhar semana após semana rainhas tão talentosas e carismáticas tem sido uma delícia. Seja no senso de humor, nos shades, nas passarelas e até mesmo nos dramas, as queens canadenses não deixam nada a desejar ao serem comparadas com suas irmãs dos EUA ou do Reino Unido.
Ver Jimbo sendo insana, Priyanka como a narradora oficial da temporada ou Scarlett lutando por uma vitória são alguns dos elementos que me movem semanalmente para apreciar esse show.
E saindo da sala de trabalhos o que vemos nos desafios principais tem sido ainda mais incrível, pois essas 12 competidoras tem dado tudo de si em todas as oportunidades que aparecem. Os desafios de costura mostraram o lado criativo, enquanto o musical revelou suas habilidades para dança e escrita.
Já a comédia é um show à parte, seja nos mini-desafios ou nos principais, esse elenco tem nos garantido bons momentos de diversão. E destaco aqui meus momentos favoritos até agora: o mini desafio de âncora de jornal, em que as rainhas tiveram que ler no teleprompter textos em inglês e francês. Foi uma zona da MELHOR qualidade. E o Snatch Game então? Simplesmente perfeito, ri do início ao fim, um dos melhores das temporadas recentes. E olha que isso para mim é um milagre pois acho o Snatch um desafio bem superestimado.
“Canada Gay-M” um dos mini-desafios mais engraçados da história de #DragRace kkkkk #CanadasDragRace está bom demais!!!
— Draglicious | draglicious.com.br #dragrace (@dragliciouz) July 17, 2020
Agora vamos para o grande problema de CDR que é sua bancada de jurados… que porr* está acontecendo ali? A bagunça já começa com o apresentador convidado da semana, que nem esse papel desempenha bem.
Com as duas incríveis excessões que foram Deborah Cox e Mary Walsh, até agora vimos convidados pouco expressivos que só repetem algumas falas roteirizadas, já que as decisões principais da semana, seja de campeã ou eliminada, fica a cargo dos jurados fixos.
E o que falar desse trio, não é mesmo? Para mim, até agora a melhor em sua função tem sido Stacey, com críticas construtivas e diretas, a supermodel tem feito valer seu lugar na bancada. Já Brooke Lynn e Jeffrey que a deusa nos acuda, cada um parece se esforçar o máximo para ser o mais grosseiro possível com as rainhas competidoras, pois suas críticas parecem mais ofensas e shades que dicas para elas elevarem sua participação na corrida. E nesse caso Jeffrey acaba se destacando ainda mais por não ser drag e forçar um personagem “gay venenoso” que não condiz com nenhuma de suas passagens anteriores por RuPaul’s Drag Race. Enquanto Brooke Lynn demonstra empatia zero, pois já esteve no mesmo lugar que as competidoras.
"Eu te ouvi, garota. Mas todos recebem o mesmo tanto de tempo. Use o melhor da próxima vez, talvez". Adoro o Jeffrey, mas essa crítica pra Jimbo foi tão babaca, ela fez um dos melhores looks da noite, forçaram muito nessas críticas #CanadasDragRacepic.twitter.com/pcj8OtHFHd
— Draglicious | draglicious.com.br #dragrace (@dragliciouz) July 24, 2020