Eu já vou começar dizendo que eu pensava que a Kameron Michaels seria eliminada na primeira semana. Ela entrou no workroom e eu disse “tchau”. Olhando bem superficialmente, eu a julguei menos preparada do que as outras, e que bom que ela me surpreendeu! Eu gosto quando me fazem mudar de opinião. Assim que ela pisou na runway com aquele look de penas pretas, eu me rendi completamente e fui obrigada a admitir que ela era boa sim e que tinha potencial pra ir muito longe na competição.
Nos primeiros episódios podíamos vê-la arrasando nos desafios, mas quase não a víamos comentando o jogo com a mesma frequência que as outras. Entendemos. Uma queen de poucas palavras. Uma pessoa que está focada em fazer o seu trabalho sem se envolver em dramas de reality show. Kameron realmente fez um jogo diferente e arriscado, mas se pararmos pra pensar, o que os jurados analisam é o desempenho no desafio e não no workroom, sendo assim é estratégico permanecer no jogo por essas vias, não permitir que o estresse da convivência cause distração e então avançar semana após semana conquistando consequentemente a atenção do público. Kameron não se forçou a ser sociável em nenhum momento pra tentar agradar suas colegas ou os fãs do programa, pelo contrário, mostrou que uma pessoa introspectiva pode ter total domínio do palco e ser uma lipsyncher assassin.
Kameron canta, dança, tem presença de palco, e é praticamente a Barbie e o Ken num corpo só, dentro de seu próprio estilo body builder. Ela esteve no bottom três vezes seguidas e conseguiu voltar (fato raro em temporadas comuns), fez uma Cher excelente, trouxe o verso mais marcante na música American do desafio final e manteve o pé no chão durante toda a competição.