Tyra Sanchez deu uma entrevista recentemente em que ela fala sobre sua vida, política, Trump, racismo e diversos outros assuntos. A seguir uma parte muito interessante do bate-papo.
Revista: Vamos falar sobre políticas de drag e queens negras e de minorias. parece que os bookings e eventos não parecem se igualar. Por que você acha que isso acontece?
Tyra: Isso não é novo, tem acontecido por anos! Eu acredito que existe muito conflito racial na comunidade drag. Queens negras sao constantemente ridicularizadas e maltratadas. Isso acontece com frequência na fanbase de Drag Race. Tweets e comentários com ofensas raciais são direcionados à queens negras o tempo todo. Se você chama a atenção deles por isso, eles se defendem dizendo “não somos racistas, nós amamos aquela queen negra e aquela outra também” (o famoso token ne rs), o que na minha opinião é a pior resposta porque as queens que eles dizem amar são drags que são a definição de esteriótipos negros que não-negros amam celebrar. A Mãezona e a Amiga Negra do Gueto.
“A mãezona” é normalmente grande e gorda e é considerada a figura maternal. Ela é completamente dessexualizada. Ela ganha fãs pela habilidade de dar lições de vida e conselhos. Ela é forte e emotiva, e consegue seguidores pelo senso de carinho. A mãezona é a que mantem a família junta.
“A amiga negra do gueto” normalmente é barulhenta e descarada. Ela é ousada. Puro entretenimento e sempre mantida por perto pra boas risadas e um bom tempo. Ela reproduz a maioria de esteriótipos de mulheres negros, por isso pessoas não-negras amam tanto ela e a imitam!