O quarto episódio de primeira temporada de Drag Race Brasil começa com o drama pós sashay away de Tristan Soledade, que era uma querida pelas rainhas que sentirão sua falta pelo resto da competição. Mas sem dublar não dava pra ajudar Tristan, mesmo.
Chegando na nova semana, Grag traz um monte de óculos para nossas rainhas se gongarem no desafio da Biblioteca, pois gongar é o que? FUNDAMENTAL! Mas acho que nossas rainhas precisam fazer mais visitas à biblioteca, quem sabe assim aprendem uns shades mais engraçados, pois no geral senti mais vergonha alheia do que ri das piadas. Com algumas exceções, tipo a Shannon falando da marca da barba de Naza, “produção, qual é o almoço hoje? Chuchu, chuchu!”.
Grag ajudando nos shades alheios foi divertido. Mas houve tanta contra-resposta das drags que parecia mais um embate do que um mini-desafio de biblioteca, fiquei feliz quando acabou. Aí quando Betina foi declarada a vencedora do mini-desafio achei justo, não teve nenhum “reading” sensacional, mas o que ela serviu foi bom suficiente.
Na sequência ficamos sabendo do desafio da semana: design e costura. Usando materiais não convencionais de objetos de praia, o elenco teria que fazer um look de uma sereia brasileira drag do zero. Grag deu três minutos para as queens pagarem os matérias que fariam suas roupas. Betina ganhou o mini-desafio para nada, já que não teve vantagem na escolha de material, mas pelo menos saiu com cinco mil reais.
Então chegamos no momento que importa, a passarela Sereias do Atlântico, e aqui não tenho muito o que falar a não ser: PERFEIÇÃO. Acho que em toda história de Drag Race, em suas mais de 50 temporadas incluindo spin-offs e All Stars, nunca vi um desafio de design em que o elenco costurou tão bem e foi tão fiel ao tema sugerido. A maioria das rainhas serviu sereia, e o mais lindo é que cada uma fez sua própria interpretação, tivemos sereia dos anos 80, sereia bruxa, sereia princesa, sereia monstro. Não faltou versões para a gente se maravilhar. Dessa vez os jurados tiveram dificuldade real para escolher quem foi mal no desafio, se apegando a detalhes, como acabamento e forma, para criticar negativamente algum look.
Minha classificação, totalmente parcial e baseada nos looks que mais curti, ficaria assim (não vai ter bottom, porque não achei que teve um look ruim, para mim era um desafio sem selim inação):
- Top: Naza, Hellena e Rubi.
- High: Miranda, Shannon, Organnza e Betina.
- Safe: Aquarela, Dallas e Melusine.
Indo para as decisões do dia, Grag declarou Hellena e Naza as vencedora do desafio, e eu concordei demais. Hellena estava belíssima, serviu serviu opulência, sensualidade e vulnerabilidade, que é algo que sempre exigem das drags no decorrer da competição, então foi um Win merecido e também esperado.
Já Naza, mesmo com Win inesperado, serviu um dos meus looks favoritos desse desafio, pois achei bem cartunesco, bem cosplay. É uma decisão controversa no meio de tantos looks fashion, sensuais e glamurosos. Entretanto, é sempre bom lembrar que drag é camp, e o exagero faz parte da arte. Nem tudo tem que ser high fashion para ser considerado bom, por isso achei válido o win de Naza.
Já o bottom não foi nenhuma surpresa. Aquarela e Melusine pecaram pela simplicidade, seus looks eram os mais básicos, logo o bottom 2 entre elas era o esperado. E a dublagem, diferente do consenso popular não me empolgou tanto, achei bem mediana, com Aquarela se saindo melhor que sua concorrente. Sendo assim, Melusine levou sashay away e espero que ela brilhe muito aqui fora, o Brasil clama pela turnê da capivarona.
DESAQUENDANDO AS CONSIDERAÇÕES FINAIS
A evolução de Grag como apresentadora é perceptível toda semana. A cada novo episódio que sai a rainha do universo demonstra estar mais e mais à vontade no papel de condutora da franquia brasileira. Estou amando acompanhar.