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Drag Race UK

DRUK S1 | Conheça as rainhas (parte 1)

🕓 9 min de leitura

Deusa salvem as rainhas!!! Senhoras e senhores, liguem seus motores, porque o elenco oficial da tão esperada temporada de estreia do RuPaul’s Drag Race UK está A-Q-U-I, aqui! Neste mês de outubro, dez rainhas incríveis desfilaram pela passarela e competirão pelo título de primeira Drag Superstar do Reino Unido na BBC Three. RuPaul retornará como anfitrião e jurada principal ao lado da sua melhor amiga Michelle Visage, assim como os novatos – e ícones britânicos – Alan Carr e Graham Norton. Mama Ru declarou em cum comunicado:

“Oh meu Deus, quando eles virem esse show, eles vão pirar. E eu prevejo que faremos esta edição britânica de Drag Race por muitos anos. Eu também acho que o público em todo o mundo vai começar a exigir a versão inglesa, porque é diferente, é o mesmo, mas é diferente. Há um tom diferente”.

Desde que o Drag Race apareceu em nossas telas em 2009, o programa apresentou aos fãs mais de 100 rainhas dignas de nossa devoção, que nos encantaram com seu carisma, originalidade, coragem e talento (e sinergia, mas não falamos sobre isso). Embora muitas vezes tenha sido dito que drag “nunca será mainstream”, a série se tornou um fenômeno internacional, recebendo 23 indicações ao Emmy Award com três vitórias consecutivas para Mama Ru como Melhor Apresentador.

O show também fez história quando se tornou ao primeiro programa a ganhar o Emmy de Melhor Reality de Competição e Melhor Apresentador no mesmo ano. Histórico, manas! Então, não é nenhuma surpresa que a BBC esteja abrindo suas portas para mostrar o que de melhor a arte drag da Grã-Bretanha tem a oferecer, e depois de conversar com as rainhas, parece que será o mais britânico possível.

Desde um painel excitante de estrelas convidadas (incluindo Cheryl, Geri Halliwell e MNEK); ao icônico Snatch Game, que sem dúvida apresentará imitações de várias celebridades da cultura pop britânica (estamos mantendo os dedos cruzados para Gemma Collins!); para os hinos britânicos que estão no topo das paradas e serão dublados no palco principal, há muito o que esperar.

Explicando o que torna a nova versão diferente do original americano, Michelle nos diz:

“As crianças são todas do Reino Unido; e o talento e as coisas que fazemos são muito britânicas, não estamos lá para torná-lo americano, senão nós faríamos isso nos Estados Unidos. É muito americano fazer a montação, mas muito britânico colocar a performance em primeiro lugar, e eu celebro isso, sendo uma garota da velha escola como sou. Estou muito animada para o mundo ver o que elas tem para oferecer. Eu acho que vai ser grandioso e eu estou te dizendo, esse show vai durar anos”.

A Gay Times realizou entrevistas exclusivas com as dez competidores de RuPaul’s Drag Race UK. Elas soltaram suas verdades sobre suas jornadas drag, como esta versão difere do show original dos EUA, e o que podemos esperar desta tão esperada invasão britânica. Esquentaram seus motores? É hora de conhecer as rainhas…

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Baga Chipz – 29, Londres

“Sou uma drag queen muito britânica, com muito peixe e batatas fritas, ervilhas”, diz Baga Chipz, de Midlands.

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“Eu amo a Coronation Street, humor do norte. Eu gosto de coisas ruins, Martine McCutcheon, SuBo, Hear’Say, todo esse tipo de coisa”. Para os leitores não britânicos, isso é o circuito mais britânico possível. A artista lendária, conhecida na cena britânica por sua aparição em Drag Queens of London e seu papel regular como jurada na festa Porn Idol na boate Heaven, define seu estilo drag como “comedy camp” e “uma torta com um coração, comum como sujeira, que sempre tem um cigarro na mão enquanto bebe um gim-tônica”.

Baga decidiu entrar no Drag Race UK porque quer ver o ressurgimento das rainhas antigas que podem se garantir com um microfone, bem como drag da 11ª temporada, Nina West.

“Você verá referências minhas de Liza Minelli, Tina Turner e Bette Davis, então trago o humor e o exagero para a série. Você precisa ser um artista, você não pode apenas estar linda. Eu vi rainhas que se parecem com Naomi Campbell que sobem no palco e o público diz: ‘O que você pode fazer?’”.

Ela compara estar em Drag Race UK como “ganhar na loteria” e um “brilhante oportunidade de negócios”, citando o sucesso de outras participantes, como Bianca Del Rio, Adore Delano e Courtney Act, todas as quais alcançaram sucesso enorme desde a sua passagem na sexta temporada.

Nesta temporada, Baga será “a tia que diz: ‘Ei vocês duas, resolvam isso aí!’”. E admite que os fãs vão amá-la ou odiá-la.

“Eu sou um cruzamento entre Honey Boo Boo e Vanjie. É palhaçada constante. Todo mundo tem personalidade, mas eu sou isso vezes cinco”.

Confira o vídeo de apresentação da rainha a seguir.

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Blu Hydrangea – 23, Belfast

Depois de descobrir a segunda temporada de Drag Race por acaso, a Blu Hydrangea – que tinha apenas 12 anos na época – sabia que queria seguir os passos de concorrentes icônicas como Raven e Manila Luzon (S3); e tentar a sorte com o estrelato drag, além de ser um “farol de luz” para a comunidade LGBTQ da Ilha Norte.

“A cultura queer em Belfast é oprimida. Você ainda tem violência nas ruas contra os homossexuais, é um lugar assustador para se fazer sexo, mas eu quero mostrar às crianças que é legal ser gay na Irlanda do Norte”.

Blu espera “encantar as crianças” com sua eclética estética de desenhos animados cósmicos e para mostrar o senso de humor irlandês com “muito shade!”. Ela descreve a primeira temporada como tendo uma “irmandade”, mas brinca com uma grande “briga que será transformada em grande mercadoria”.

A rainha de 23 anos expressou entusiasmo, em particular, pelos bordões que Drag Race UK trará, bem como por seu retrato autêntico da cultura britânica.

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“Eu não quero ofender ninguém, mas o drag britânico é apenas grandioso por excelência, não é? É a extravagância com peitos. Logo no início, mostramos a cultura britânica, pontos de referência britânicos, é britânico desde o início”.

Embora ela seja – em suas próprias palavras – uma “rainha das redes sociais”, a Blu pretende abandonar essa imagem preconcebida e provar ao público que ela é uma artista talentosa, mas brinca que isso não importa, a menos que a BBC Three forneça aos fãs legendas para seu forte sotaque irlandês.

“Espero que eu prove às pessoas que não sou apenas um rosto, não sou apenas ombros pra cima. Eu sou uma rainha de pleno direito e sou um ser humano flamboyant pronto para conquistar o mundo através da drag, querida!”

Confira o vídeo de apresentação da rainha a seguir.

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Cheryl Hole – 25, Essex

Vinda de Essex – a terra dos “spray de bronzeamento, vajazzles e do GC [Gemma Collins]” – temos Cheryl Hole, a auto-descrita “glam girl on the go” [garota glamurosa de saída] que se inspira em Geordie e em Cheryl da banda Girls Aloud.

“Eu sou a rainha performer, eu sou a pessoa que as pessoas querem ver em um palco. Você sabe que vai ter um show e você sabe que vai ter uma produção!”

A rainha de 25 anos sempre teve uma paixão por drag, especialmente depois de assistir ao icônico alter ego de Paul O’Grady, Lily Savage,na televisão, e com a ascensão de Drag Race, ela percebeu que era uma opção de carreira viável.

“Mostrou uma visão mais contemporânea da forma de arte, e percebi que poderia criar o ofício que eu queria. Então, aqui vamos nós, porra”.

Cheryl quis fazer um teste para a temporada de estréia da Drag Race UK porque é a “maior plataforma do mundo” e porque ela fará história como competidora nesta temporada inaugural.

“Por que não aproveitar a oportunidade? Poderia ser a primeira e única temporada”.

Cheryl está ciente de que as pessoas podem comparar seu estilo ao de lendárias queens como Alyssa Edwards e Katya devido ao seu humor peculiar e habilidade de comandar um palco, mas assegura:

“As pessoas são muito rápidas para julgar a superfície antes mesmo de ouvir você falar, mas é a marca Cheryl pela qual as pessoas se apaixonam. É muito forte e estável como Theresa May, que ela descanse em paz”.

Quando perguntamos à diva dançante de Essex como a versão britânica difere do original americano, ela explicou:

“O drag do Reino Unido é muito diferente dos EUA. Aqui, não nos levamos tão a sério e temos um senso de humor muito diferente”.

Cheryl encerrou a entrevista com a seguinte declaração desafiadora:

“Há muito mais no meu repertório do que apenas uma feroz rainha dubladora. Então esteja pronto mundo, e prepare-se para o drama… e babados”.

Confira o vídeo de apresentação da rainha a seguir.

>  Elenco oficial de RuPaul's Drag Race UK 4
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Crystal – 34, Londres

A artista nascida no Canadá, Crystal, pode se originar do Norte, mas não se engane, ela está aqui para mostrar a “confusão” do leste de Londres, ao borrar os limites entre masculinidade e feminilidade como a rainha “gender-fuck” da temporada.

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“Eu não estou realmente interessada em passar como mulher quando estou em drag, estou mais interessada em foder com todo o sistema e o [conceito de] binário”.

Sobre seu estilo Crystal declara:

“É por isso que mantenho os pelos do peito, acho que esse tipo de representação é divertido”.

Crystal pratica drag há mais de dez anos e adotou seu nome drag depois de trabalhar para a Swarovski; ela o adotou porque se encaixa em sua estética como “uma stripper super vilão dos anos 80 ou uma vilã de uma novela dos anos 80.

Embora Crystal não coloque sua arte em uma caixa específica, ela se rotula como uma “dublê” que adora mostrar ao público “algo que nunca viram antes” (estamos prontas para suas dublagens). Ela foi inspirada a fazer o teste para Drag Race por causa do impacto que a série teve no cenário drag (admitindo que foi um “acéfalo”) e porque ela deseja que o público dos EUA veja a “sensibilidade britânica de humor e extravagância”. Crystal acrescenta:

“As rainhas são provavelmente muito menos polidas do que as que você vê na versão americana. Os sets são os mesmos, os jurados são os mesmos, mas você tem esse novo elenco estranho de irmãs para assistir. Eu não acho que os norte-americanos tenham ideia de como é o senso de humor britânico, então eles vão assistir tipo: ‘Que merda está acontecendo aí?’”.

Então, o que podemos esperar de Crystal nesta temporada?

“Apelo sexual puro com pinceladas de masculinidade, acima do limite, extremo, mate um mamute com suas grossas coxas de drag”.

Confira o vídeo de apresentação da rainha a seguir.

>  ‘Mo Heart’ revela porque mudou o nome drag
>  RuPaul está fora da bancada de Drag Race pela 1ª vez

Divina De Campo – 36, West Yorkshire

A veterana da arte drag Divina De Campo originalmente deixou o público britânico boquiaberto em 2016, com uma aparição no The Voice, onde ela fez uma performance teatral e visual de Poor Wandering One, de The Pirates of Penzance. Agora ela está de volta com uma vingança.

“Eu odeio competições, odeio elas. Elas não são para mim mesmo. Qual foi a pergunta?”

Viram só? Uma vingança. Divina tem feito drag pelos últimos 15 anos e se define como uma “rainha camp com um pouco de arte no meio… é um ato muito sério”. Ela explica mais:

“Sou só eu, querida, sou só eu. Eu desapareço em uma competição, mas acho que deixo uma boa impressão! Talvez seja apenas minhas nádegas na sala de trabalhos, não tenho certeza”.

Quando perguntamos a Divina por que ela decidiu fazer um teste para a série, ela respondeu simplesmente:

“Agora há uma caixa para desempacotar, não é? Por que alguém quer fazer alguma coisa? Porque estamos aqui? Há um momento existencial para você lá, não é mesmo?”

Na opinião de Divina, Drag Race UK não tem o “drama” das temporadas dos EUA, mas está confiante de que irá proporcionar aos fãs icônicos memes e cenas.

“Haverá casos em que as pessoas dirão: ‘Oh meu Deus, como isso aconteceu? Eu não estava esperando isso”.

Revela a drag queen e cantora de ópera, antes de acrescentar sua relação com suas colegas concorrentes:

“Há muito pouca briga. Somos muito solidários uma com a outra e todos querem que o outro se saia bem. Nos EUA, as pessoas se levam mais a sério do que levam o trabalho”.

Ao trabalhar com a matriarca do drag RuPaul, Divina nos diz:

“Ele é exatamente o que as pessoas querem dele. Ele sabe o que é isso e consegue”.

Confira o vídeo de apresentação da rainha a seguir.

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Confira a segunda parte aqui.


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