Durante a 10ª temporada do RuPaul’s Drag Race, Kameron Michaels se autodenomina como a Barbie Musculosa. Michaels trouxe várias vezes na série os desafios que ela enfrentou sendo uma rainha musculosa – a provocação que ela recebeu de outras drags, os problemas em vestir seu corpo e, em uma história sensível, de não encarar as emoções.
Nesta semana a INTO conversou com Kameron e falaram sobre suas origens drag, os fãs sedentos do Instagram e se ela acha que é mais feminina ou masculina.
INTO: Você pode me dizer um pouco sobre o que te levou, primeiramente, a fazer drag?
Kameron: Então, eu comecei a me montar quando tinha 18 anos e estava trabalhando em um clube nos fins de semana como um go-go boy. Eu estava passeando com drag queens e foi super interessante para mim e eu fiquei tipo “Essas são como anjos! Elas são muito bonitas, mas também são incríveis e legais”.
I: Quais foram algumas das modelos no início da sua drag?
K: Oh meu Deus, eu não sei. Eu acho que minha estética sempre foi inspirada em cinema e videogames, qualquer personagem de fantasia. Eu realmente admiro elas, porque muitas pessoas não fazem isso. Eu estava me montando parecido as drag queens ao meu redor, como as garotas de Nashville. Apenas tentando ser como elas, eu acho.
I: Você falou no programa sobre o seu tempo afastada de drag e como isso teve a ver com estar em um relacionamento com um homem que era um grande frequentador de academia. Foi assim que você começou a se exercitar tanto, por causa do seu parceiro?
K: Na verdade, a pessoa com quem eu comecei a ir à academia não é tipo um frequentador de academia – nós começamos a ir juntos e ele parou de ir, e então nós terminamos e então eu comecei a usar isso para preecher o vácuo de um rompimento. Então eu comecei a ir à academia religiosamente e adotei isso na minha vida. E isso substituiu o relacionamento, e eu meio que acabei de florescer nos exercícios. Eu estava apenas levantando pesos.
I: O que fez você desistir da drag enquanto estava com seu ex na época?
K: Bem, esse relacionamento com o qual eu comecei a ir à academia – que eu falei quando disse que alguém me fez jogar fora tudo relacionado a drag. Não tem nada a ver com a academia; teve a ver com o relacionamento.
I: Você também disse que suas irmãs drag não acharam que seu corpo muscular seria bom para drag. Você pode me dizer sobre como foi ouvir isso pela primeira?
K: Sim, quer dizer, veio de pessoas que eu respeitava e não era muito desagradável, mas eu sabia que elas estavam falando sério. Elas não estavam sendo más, mas estavam dizendo: “Você precisa cobrir seus braços”, “Você precisa usar fantasias com mangas compridas”.
Eu realmente não me importava, mas eram minhas irmãs e eu não conhecia ninguém como eu na época, então pensei “Talvez elas estejam certas. Eu não quero que as pessoas zombem de mim no palco”. Esse é o pior sentimento, ser ridicularizada como um artista. Nunca é uma sensação divertida, e eu pensei que as pessoas tirariam sarro de mim e eu gostaria de parecer um homem.
I: Antes mesmo de o show ser transmitido, havia muito fã sedento por você ser tão musculoso e bonito, e estou imaginando como seria para você ver toda aquela sede.