Foi ao ar mais um episódio de RuPaul’s Drag Race All Stars 10! Leia a seguir a resenha. Contém spoilers daqui em diante.
Se na semana passada eu cheguei a elogiar o formato desta temporada de RuPaul’s Drag Race All Stars, considere tudo desconsiderado.
Ok, talvez este episódio não tenha sido tão desastroso, mas se as duas estreias da temporada mostraram os pontos positivos do sistema de chaveamento, esta semana — o encerramento da primeira chave — expôs suas falhas de maneira gritante. Tudo começa com a distribuição dos quatro últimos pontos MVQ (ou, como a Aja bem definiu, “Pontos Zoados”).
A Queda da Operação MiMu
A aliança Operation MiMu (Aja e Olivia) virou um MiMon’t quando:
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Aja e Deja deram seus pontos para Olivia.
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Olivia e Phoenix deram os delas para Deja.
Aja ficou levemente irritada, mas numa escala de Zero a “Linda Evangelista”, a tensão não justificou dominar o episódio. Até Olivia, que prometeu “não ser boazinha”, agiu com suavidade. E quem pode culpá-la? Dar seu ponto à Aja (colocando-a em um empate triplo) só reduziria suas próprias chances. Se quisesse ser realmente cruel, teria dado o ponto à Phoenix, forçando um confronto direto com Aja.
Falando em Phoenix, sua desvantagem não veio da idade ou do histórico no reality, mas da subestimação do jogo político do All Stars. Ela não previu alianças — um “Tamar, você já assistiu o programa?” clássico —, mas é difícil culpá-la quando o programa vende os “Pontos MVQ” como meritocracia. Spoiler: não são.
O problema dos “Pontos Zoados”
Antes mesmo do desafio principal, já ficou claro que, se uma rainha não fica no Top 2 nos dois primeiros episódios de uma chave, suas chances estão praticamente mortas. Isso ameaça tornar os terceiros episódios de cada chave previsíveis e chatos — um problema sério para o formato.
O Desafio do Makeover: Basquete e Sobrancelhas Raspadas
Nesta semana, as queens transformaram jogadoras de basquete universitário em drags. Destaque para as atletas, que falaram sobre expectativas de gênero no esporte — um momento mais profundo que o habitual.
Deja, por exemplo, propôs raspar as sobrancelhas da parceira Abby, que aceitou na hora. Já Phoenix revisitou seu look “prison, honey” da 3ª temporada, enquanto Aja e Teeva apostaram em “fantasia de fada do subúrbio” (mesmo com uma asa quebrada).
No palco, o resultado foi um caos glorioso: palhaços, fadas e divas cantando sobre basquete. A julgar pela cara da Michelle Visage, nem mesmo Kate Beckinsale (jurada convidada) entendeu os critérios.
O Lip-Sync, a vitória de Irene e o anticlímax dos pontos finais
Bosco e Irene foram as Top 2, confirmando a hierarquia estabelecida. Irene venceu o lip-sync para “Pocketbook” (Jennifer Hudson) — seu primeiro win em uma batalha do tipo.
No final:
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Aja traiu a Operation MiMu e votou em Deja.
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Olivia manteve-se fiel e votou em Aja.
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Phoenix decidiu o desempate, favorecendo Aja (que, com uma vitória no currículo, seria a escolha lógica de Ru).
Assim, Aja, Bosco e Irene avançam — as três certas, mas com um gosto de “jogo manipulado”.
Ep3: lipsync de Bosco Vs Irene
Quem merece Shantay e Sashay? #AllStars10 pic.twitter.com/dgcXVx5sTS
— draglicious.com.br (@dragliciouz) May 16, 2025
DESAQUENDANDO AS CONSIDERAÇÕES FINAIS
O mini-desafio de arremessos livres reviveu traumas de educação física das queens.
A letra “Bitch, go back to your bench”* quase garantiu a Olivia um Top 2. Quase.
As botas brancas da Aja (usadas também no All Stars 8) já apareceram em tantos episódios quanto a Irene.
Untucked? Nada relevante. Zero drama.
Próxima semana: Uma nova chave de queens. Será que o formato vai se redimir?
Se os pontos são zoados que pelo menos o drama seja delicioso.
Como eu amo makeover e gostewi desse vou dar 5 coroas.
