Vou direto ao assunto, por “pior” que seja a temporada de estréia de RuPaul’s Drag Race Global All Stars (GAS), essa é, para mim, a franquia mais promissora do show em anos. Finalmente temos rainhas de várias partes do mundo disputando juntas uma coroa, trazendo para a corrida uma riqueza de cultura que vale muito a pena apreciar.
Contudo, para que o verdadeiro potencial do GAS seja alcançado eles precisam, urgentemente, fazer inúmeros ajustes, especialmente não cotar tão descaradamente as estadunidenses, já que o objetivo dessa primeira temporada foi apenas coroar Alyssa Edwards. Isso fez com que Kitty e Kween fossem apenas bucha de canhão, para o fandom odiá-las e aí Alyssa campeã ser algo mais aceitável.
De modo geral, eu me diverti com essa temporada, a decepção vinha apenas no bloco final com as decisões mega equivocadas de RuPaul e demais jurados, com um festival de wins e bottoms sendo distribuídos injustamente. E foi isso que gerou revolta entre os fãs do show, e nessa me incluo. Não perco meu tempo jogando ódio no show ou nas drags, mas fico decepcionado com tamanho favoritismo para umas em detrimento da grandeza e diversidade de outras.
Para uma segunda temporada torço que diminua bastante toda proteção e favoritismo em cima das rainhas que já competiram em alguma franquia apresentada por RuPaul. Além disso é essencial que Ru e demais jurados façam seu dever de casa e pesquisem um pouco sobre a cultura das competidoras, pois exigir que as rainhas sirvam o padrão drag estadunidense apenas atesta a soberba e ignorância da bancada de jurados e produção do show.