Depois de sermos apresentados ao primeiro grupo de rainhas composto por Naza, Diva More, Betina Polaroid, Melusine Sparkle, Aquarela e Miranda Lebrão, agora é hora de conhecermos um pouco mais de Shannon Skarllett, Rubi Ocean, Tristan Soledade, Hellena Malditta, Dallas de Vil e Organzza.
“A Grag solta a bomba e vai embora”, e foi assim que Rubi definiu muito bem a mensagem enigmática no vídeo de Grag Queen para anunciar que um grupo já tinha iniciado a corrida de drags, enquanto outro time fresquinho acabava de chegar no werk room.
A dinâmica desse segundo episódio é a mesma, um desafio de performance em que as rainhas terão que escrever versos, gravar música e fazer coreografia para um clipe. E o time 2 foi batizado de Hot Girls, e sua música teria uma pegada reggaeton (um dos meus estilos favoritos).
Este novo grupo me pareceu mais confiante que o primeiro para realizar o desafio principal. Embora as rainhas também estivessem apreensivas, elas demonstraram ter se divertido mais durante todo processo criativo, seja de escrita dos versos, montagem da coreografia e gravações com a Grag, que continuou arrasando como diretora de gravação, dando dicas valiosas de como as rainhas poderiam dar o seu melhor, mesmo aquelas que não sabiam cantar.
Organzza e Shannon assumem a coreografia e é perceptível como esse segundo grupo serve mais performance. Rola tantas ideias que chega a ser sufocante, gente demais falando o que queria fazer ficou difícil de acompanhar. E que bom que dessa vez foi diferente a edição, pois finalmente pudemos ver as rainhas em ação dançando juntas. Toda “confusão” do ensaio se pagou com um resultado final babadeiro. A maioria foi bem, embora tenha achado algumas rainhas meio perdidas ou apagadas ali, como Tristan e Hellena. Enquanto isso Organzza e Shannon DERAM O NOME. Foram de longe as melhores do clipe, serviram coreo, letra e presença de palco. Não consegui tirar o olho da dupla, dominaram do início ao fim. Mas todas, sem exceção, me agradaram, foi um clipe digno de final de Drag Race.
Indo para a passarela, mais uma vez as rainhas fizeram bonito, achei todos lindos, cada qual homenageando sua terra natal. A explicação de cada rainha foi essencial para que a gente conseguisse identificar suas referências e ver o Brasilzão que elas estavam representando ali. Tivemos fauna e flora brasileira com Rubi e Dallas, religiosidade com Tristan e Shannon (amei a homenagem a Xica da Silva, amava a novela de mesmo nome da extinta Rede Manchete), folclore com Hellena e favela com Organzza.
Dessa vez concordei com a maioria das críticas dos jurados, seja para o desafio principal, seja para os looks. Para um começo muito exigente o elenco foi muito bem, não queria ver ninguém saindo, mas é uma competição e as eliminações precisam ser feitas. Por isso não fiquei surpreso com as decisões de Grag, Organzza a vitoriosa da estréia dupla, com Shannon ali na sua cola e Naza com um possível top 3. Já no bottom vimos Betina dublar contra Diva, e embora a dublagem tenha sido mediana, acho que elas serviram seu melhor.
Com muito dor nos despedimos de Diva More, a primeira eliminada da primeira temporada de Drag Race Brasil, a rainha mesmo com sua passagem curta já fez história e isso é lindo demais. Agora é esperar até a próxima semana, cheio de ansiedade pelo novo episódio. Esta temporada promete!
DESAQUENDANDO AS CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muito fofo o encontro das duas equipes, como não teve eliminação nem vitória (ainda), acabou sendo um encontro leve, com as rainhas falando sobre as críticas recebidas e suas próprias impressões do que apresentaram. Acho que por elas estarem no escuro quanto ao desempenho na competição fez com que não rolasse uma rivalidade característica desse tipo de estreia dupla, com o time A já se estranhando com o time B.