Se você procurou pelas músicas de American no Spotify e não encontrou nada por lá é porque, possivelmente, o álbum de RuPaul está sendo retirado das plataformas de streaming devido a decisão judicial.
Segundo rumores, o problema é por conta da música Call Me Mother, que Azealia Banks estaria processando RuPaul, acusando-a de plagiar sua música The Big Big Beat. Enquanto o processo se arrasta o álbum pode ter sido retirado das plataformas digitais no aguardo da decisão final do juiz. O mesmo que ocorreu com Todo Dia, parceria musical entre Pabllo Vittar e Rico Dalasam, que devido a problemas autorais foi parar na justiça e enquanto o processo corre a música e clipe foram retirados das plataformas digitais.
Há até uma montagem de Call Me Mother e The Big Big Beat que mostra como as duas músicas tem grandes semelhanças.
RuPaul – Call Me Mother x Azealia Banks – The Big Big Beat pic.twitter.com/deFLGg2o7s
— Draglicious (@Dragliciouz) June 2, 2018
No início de maio Azealia postou em seu Twitter sua indignação com o plágio de RuPaul.
“RuPaul não admitir que roubou The Big Big Beat para Call Me Mother é um apagamento. O único ícone gay preto que temos seria tão inflexível em ignorar o impacto de uma jovem negra QUEER influente sobre a cultura gay moderna, enquanto mostra adoração por mulheres brancas heterossexuais aleatórias. Ele, honestamente, me deve essa plataforma para promover e compartilhar minha música, já que ele ama me roubar. É o justo!”
Azealia continuou o desabafo, até afirmando que não queria processar RuPaul, mas as coisas podem ter mudado de lá para cá.
“Eu não quero processar, só quero ser incluída e receber a visibilidade que eu mereço por ser usada como referência tantas vezes por aquele programa [RuPaul’s Drag Race]. Tipo… ser excluída da cultura gay, ao mesmo tempo que todos desfrutam ativamente da minha música e influência me machuca em um nível profundo. É desumano. Porque isso me faz sentir como se as mesmas pessoas que gostam da minha música não valorizassem a minha existência, me enxergando como alguém que elas podem tirar as coisas, não reconhecendo que eu também dou muito à comunidade LGBT em minha arte, pois estou procurando o amor para ser retribuído. Caso contrário, simplesmente me deixam deprimida e amarga. Sempre dando e nunca recebendo. As pessoas precisam entender que não posso fazer todo o trabalho sozinha. Não pode ser apenas eu dando amor através da arte para ser consumida enquanto estou de mãos vazias. Vocês também tem que me amar um pouco”.