Depois de 8 semanas, chegamos à conclusão da melhor temporada RuPaul’s Drag Race Down Under, até o momento. Com um elenco que transbordou carisma e química entre si, a segunda temporada da franquia da Oceania chega ao fim ofuscando maravilhosamente a primeira temporada que foi um desastre.
Esta segunda temporada foi menos pretensiosa, e pelo visto barata. Com poucos jurados convidados, a maioria dos julgamentos ficaram a cargo apenas de RuPaul, Michelle Visage e Rhys Nicholson, o que achei uma decisão bem acertada, pois eles conseguiram dar conta do recado, Rhys, por sua vez parecia bem mais a vontade na bancada dessa vez. O baixo orçamento da temporada refletiu até mesmo nas músicas de lipsync, que contou com obras de RuPaul (ep 6) e Visage (ep 7) no repertório. E mais uma vez achei uma ótima decisão, pois pudemos ver as rainhas se virando com as músicas das próprias juradas.
No geral, parece que a produção ouviu as duras críticas feitas à primeira temporada e aplicou-as nesta segunda de modo que ficasse melhor e deu certo. Chegamos na final com sentimento de satisfação e ansiosos por mais. Quanto ao top 3, formado por Hanna Conda, Kween Kong e Spankie Jackzon, a sensação é de que qualquer uma pode levar a coroa e receber o título de “Next Drag Superstar de Down Under”. A seguir, confira minha análise final do desempenho das finalistas
KWEEN KONG
A corrida de Kween Kong teve altos e baixos, mas não deixou de ser grandiosa. A rainha é uma força da natureza que nos impressionou com sua imensa presença de palco. Kween é uma verdadeira mestre de cerimônias, é pisar no palco que ela rouba nossas atenções para si. Até mesmo na cômica dublagem contra Beverly Hills, que parecia um show de acrobacias, eu só tinha olhos para a lenda.
Uma das dificuldades de Kween no decorrer da temporada foi se soltar mais, seja nas interações com as drags, seja nos desafios, mas ao chegar no makeover ela conseguiu se soltar de verdade e transmitir para sua nova filha drag todo esse poder que vimos desabrochar no decorrer das semanas.
O histórico de Kong conta com 2 dublagens e 2 vitórias e é a prova de que ela conseguiu sustentar todo legado e fama que trouxe de fora do show, deixando sua família drag e público orgulhosos de sua passagem no programa.
SPANKIE JACKZON
Por pouco não perdemos Spankie no início da temporada e se ela tivesse sido a primeira eliminada, grande parte da temporada não teria a graça que teve. Spankie é pura comédia, tanto que dos três desafios que venceu, dois focavam em humor. A queen não se leva a sério de modo algum e isso a torna uma grande personalidade que dá gosto de acompanhar.
Spankie vai para a final com 3 vitórias e 1 dublagem, tendo mostrando uma boa evolução em sua make. Esta foi, inclusive, uma de suas críticas recorrentes. Seus looks e maquiagens não eram tão polidos quanto das demais rainhas, mas quem liga? Seu humor e coração grande nos faziam relevar essas questões “menores”. Eu sendo um fã de drags comediantes, que se garantem no “gogó” (neste caso senso de humor), nunca liguei muito para looks caros e maquiagem perfeita, por isso amei acompanhar Jackzon desde o começo e fico muito feliz com sua chegada na grande final.