É 2018. Crianças estão sendo colocadas em acampamentos nos EUA, políticas são distorcidas e viram piada. As marés da cultura pop se transformaram, e agora um homem em um vestido julgando outras pessoas em vestidos é sem dúvida a sensação mais quente do planeta. Esta cacofonia de zoação gay é, naturalmente, RuPaul’s Drag Race, um reality show na VH1.
O mundo em si está mudando. Finalmente, temos imagens em nossas notícias que ajudam a mostrar uma verdadeira justaposição que existe neste mundo, mas a arte drag sempre ascendeu quando precisávamos. Drag Queens/Kings/ Things todos carregam o legado de fortalecer e reunir nossa comunidade. RuPaul’s Drag Race está fazendo isso por meio de uma nova plataforma, de uma maneira inegavelmente sem arrependimentos. É essencial curar a divisão existente em nossa própria comunidade, ao mesmo tempo em que buscamos e construímos uma nova estrutura para que as mentes tolas tenham um ponto de vista melhor e mais compreensivo.
O show em si teve muitas estrelas e criaturas que se destacaram, mas há uma esquisita que surgiu da gosma queer primordial e seu nome é Trixie Mattel. À primeira vista, você vê um contorno intenso, uma maquiagem de olhos gigantesca e um cabelo loiro artificialmente volumoso. Se você se pegar a ouvindo primeiro, provavelmente ouviria sua gargalhada insana que, às vezes, só os cachorros podem ouvir. Mattel é uma drag multifacetada com destaque também em stand up comedy, música ao vivo e composição.
“Trixie é um lugar onde todos os meus talentos podem se conectar”, diz Mattel em sua voz inexpressiva ao telefone de Seattle, onde ela estava se apresentando para um show naquela noite.
Trixie Mattel começou a a fazer drag quando tinha 18 anos e nunca mais olhou para trás. “Aos 21 anos, comecei a me apresentar em boates, performando e fazendo stand up. Foi aqui que comecei a adicionar camadas à personagem, comecei a refinar o visual e a comédia ficou mais sombria”. Aos 25 anos, Trixie participou da 7ª Temporada do RuPaul’s Drag Race, uma experiência que a levou ao topo da mente do fandom do reality.
Dois anos depois conquistou um programa de televisão próprio, The Trixie e Katya Show , algo que cresceu a partir de uma série de vídeos do YouTube, que agora vai ao ar na VICELAND. O rápido crescimento de tudo isso certamente ajudou com o surgimento de algumas oportunidades incríveis.
“Passei alguns anos provando coisas para mim mesmo. Só porque RuPaul não disse que eu America’s Next Drag Superstar, eu não deixaria isso ser a minha verdade”. E ela, obviamente, não deixou esse passo de fora da ambição que estava cultivando e alimentando desde o final da adolescência. “Foi legal porque, você sabe, quando eu ganhei [RuPaul’s Drag Race] All Stars [no começo do ano] foi um bônus legal, no entanto eu era a prova viva de que você não precisa ser um vencedor para fazer o que quiser”.
Sua imagem inteira é baseada em torno do nome Trixie, uma palavra que ela ressignificou, sua origem veio de um insulto que seu padrasto a chamava enquanto crescia. Desse sofrimento veio uma figura pública que muitos agora admiram e se inspiram. “Todo o meu melhor material vem de coisas ruins que rolaram, então, para mim, quando estou mais feliz, é quando estou menos inspirada. Trixie e Katya Show está na TV, acabei de ganhar Drag Race, meu álbum é o número um… Como uma drag queen, você está sempre esperando que algo ruim role, saca? Tipo, onde está o câncer? Eu vou ser atropelada por um carro? O que está acontecendo?”