A supermodelo de Nova York da 17ª temporada de RuPaul’s Drag Race desfilou na passarela pela última vez — mas Lana Ja’Rae ainda está determinada a pegar o ônibus (se ele ainda estiver funcionando) rumo ao próximo capítulo de sua carreira, com uma renovada confiança.
Embora uma vitória em um maxi challenge tenha escapado dela nesta temporada, Lana saiu com estilo — só que não o estilo que ela normalmente exibe, já que foi eliminada usando o icônico look de bolsos de Kandy Muse da temporada 13. A seguir, Lana revela à Entertainment Weekly como conseguiu a peça, a história por trás de sua primeira mãe drag (Plasma de RPDR 16) e sua época trabalhando como palhaço em Nova York.
ENTERTAINMENT WEEKLY: A pergunta mais importante na mente de todos: o ônibus ainda está funcionando?
LANA JA’RAE: [Risos] Meu Deus, não. O ônibus nunca funcionou. Nunca começou a funcionar, e esse foi o maior problema. Eu pensei que o ônibus estava funcionando, mas não chequei o motor antes dele sair da estação.
EW: Plasma disse no Pit Stop que foi sua primeira mãe drag. Qual é a fofoca?
LANA: Eu saí de casa para seguir a arte drag porque minha família não aceitava na época. Fiz drag em Oklahoma, e meu irmão me convenceu a participar de um concurso na Universidade de Oklahoma chamado STI. Foi assim que conheci Plasma. Ela foi minha mentora no concurso e se tornou minha mãe drag. Ela me deu um vestido que usei no concurso, e depois disso ela se mudou para Nova York. Não tivemos muito tempo uma para a outra depois disso, mas ainda somos amigas e eu a amo. Carrego algumas das qualidades que ela me deu!
EW: Online, você lidou com muitas reações à sua performance no programa, incluindo feedback sobre o look de Naomi Campbell e a estética de “corpo de boy”. Por que essas críticas em particular te impactaram tanto?
LANA: Meu drag é uma carta de amor para mim mesma. É uma personificação das coisas negativas que vivi crescendo. Eu nunca pude ser feminina, então meu drag é hiperfeminino, e eu nunca fui masculina o suficiente para ser um homem, então foco no corpo feminino. Meu ideal feminino é minha mãe, que não tem todas as curvas. Eu abraço meu corpo porque ele não foi abraçado quando eu cresci. A drag é uma forma de amar meu corpo. Quando as pessoas falam coisas sobre meu corpo, elas não estão atacando minha persona drag, mas a mim como pessoa.
EW: Neste episódio, você também revelou que já foi palhaço. Como isso aconteceu?
LANA: Foi meu primeiro emprego em Nova York. Surgiu quando eu morava com meu irmão e um amigo dele. Eles tinham o emprego e me contaram quanto ganhavam. Eu era um palhaço de festas de aniversário. Viajava por Nova York, ia para festas infantis e fazia truques com balões e shows de mágica com coelhos vivos. Era divertido e gratificante.
EW: Você reutilizou o vestido de bolsos de Kandy Muse para a runway “ vestido mais feio”. Como você conseguiu? Ela ficou ofendida por você querer o look para essa categoria?
LANA: Acho que ela não ficou ofendida. A ideia surgiu quando eu estava conversando com Luxx, tipo: “Você acha que a Kandy deixaria eu usar o vestido de bolsos dela, já que os jurados odiaram aquele look?” Mandei uma mensagem para a Kandy. Acho que não contei que era para a categoria “mais feio”, só pedi para emprestado o look para Drag Race. Ela disse: “Claro, acho que a Xunami está com ele.” Peguei o vestido e trouxe, e o resto é história… Ainda tenho ele. Não olhei para ele desde Drag Race. Acho que ela não quer de volta, mas, se quiser, vou garantir que ela receba.
EW: No Untucked, você ficou chateada quando Suzie Toot presumiu que você estaria no bottom. Vocês se reconciliaram antes do lip-sync, mas por que isso te abalou tanto? Você mantém o que disse sobre ela precisar ser mais humilde?
LANA: Somos grandes amigas agora, mas, durante a competição, havia uma forma como ela dizia certas coisas que irritava as garotas. Eu era frequentemente desacreditada pelas outras. Estava claro que eu iria para casa… naquele ponto, eu só estava lutando.
EW: O que vem pela frente?
LANA: Quero entrar no mundo da moda, desfilar na New York Fashion Week e ser a musa de alguém. Amo o mundo do drag, mas sinto que será um grande tapa na cara de todos que falaram mal de mim, ir e fazer o que eu quero, que é ser a melhor supermodelo do mundo. Vou focar nisso!
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