Vou direto ao assunto, por “pior” que seja a temporada de estréia de RuPaul’s Drag Race Global All Stars (GAS), essa é, para mim, a franquia mais promissora do show em anos. Finalmente temos rainhas de várias partes do mundo disputando juntas uma coroa, trazendo para a corrida uma riqueza de cultura que vale muito a pena apreciar.
Contudo, para que o verdadeiro potencial do GAS seja alcançado eles precisam, urgentemente, fazer inúmeros ajustes, especialmente não cotar tão descaradamente as estadunidenses, já que o objetivo dessa primeira temporada foi apenas coroar Alyssa Edwards. Isso fez com que Kitty e Kween fossem apenas bucha de canhão, para o fandom odiá-las e aí Alyssa campeã ser algo mais aceitável.
De modo geral, eu me diverti com essa temporada, a decepção vinha apenas no bloco final com as decisões mega equivocadas de RuPaul e demais jurados, com um festival de wins e bottoms sendo distribuídos injustamente. E foi isso que gerou revolta entre os fãs do show, e nessa me incluo. Não perco meu tempo jogando ódio no show ou nas drags, mas fico decepcionado com tamanho favoritismo para umas em detrimento da grandeza e diversidade de outras.
Para uma segunda temporada torço que diminua bastante toda proteção e favoritismo em cima das rainhas que já competiram em alguma franquia apresentada por RuPaul. Além disso é essencial que Ru e demais jurados façam seu dever de casa e pesquisem um pouco sobre a cultura das competidoras, pois exigir que as rainhas sirvam o padrão drag estadunidense apenas atesta a soberba e ignorância da bancada de jurados e produção do show.
E o formato deveria mudar também, não precisa ser uma temporada inteira sem eliminações, mas se a premissa do GAS é ser as Olimpíadas/Copa do Mundo drag, seria melhor uma primeira fase classificatória de acumulo de pontos sem rolar sashay away. Creio que todos nós ganharíamos muito em ver as rainhas por mais tempo, nem que seja até metade da temporada. No formato atual perdemos boas competidoras muito cedo. E a edição pode esticar a duração do episódio também, 45 minutos PRA QUÊ???
Enfim, acredito que o show tem tudo pra melhorar e virar uma verdadeira potencial global, mas é preciso que RuPaul e produção estejam dispostos a abandonar a mente colonizadora estadunidense e abracem a diversidade drag fora do eixo norte do planeta.
E aí, o que acharam dessa temporada inicial, eo que esperam da segunda temporada que já foi confirmada??
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