Miranda Lebrão, da primeira temporada de Drag Race Brasil, usou suas mídias sociais para publicar uma carta aberta falando sobre sua experiência de participar do show e ainda se desculpou com Shannon Skarlett. Leia a seguir.
Quando eu entrei no #DragRaceBrasil, levei comigo a minha história, o legado das transformistas brasileiras e um sonho de oferecer muita VIDA para a comunidade LGBTQIAPN+ do nosso país inteiro. Eu disse tudo isso no Meet The Queens. pic.twitter.com/8vdlC7n4nb
— Miranda Lebrão 🎯 (@MirandaLebrao) October 31, 2023
“Quando eu entrei no Drag Race Brasil, levei comigo a minha história, o legado das transformistas brasileiras e um sonho de oferecer muita VIDA para a comunidade LGBTQIAPN+ do nosso país inteiro. Eu disse tudo isso no Meet The Queens.
Em um reality, nossas emoções são colocadas à prova a todo momento. Não é assim a vida? Estamos longe dos amigos, da família, de toda realidade aqui fora, mas eu jamais esqueço das minhas experiências de VIDA.
Estar em frente às câmeras, trabalhando e celebrando a minha arte, é uma experiência muito valiosa. Eu vivi essa experiência da melhor forma que eu pude. Não sinto muito em ter de dizer a vocês que ninguém é acolhedor 100% do tempo. O mundo não é 8 ou 80.
Criem expectativas sobre nós, mas estejam preparados para quando não alcançarmos essas expectativas. Sejam maiores: procurem acolher as expectativas que nós mesmas criamos sobre as nossas vidas e sobre as nossas experiências.
Eu entrego muito de quem eu sou, por inteiro. Um braço forte e um outro fraco. Vocês escolhem qual preferem segurar. Eu estou aqui falando das minhas dores e posso representar as de muitas outras pessoas.
Eu também posso ouvir. Transformo essas dores em arte. Para fazer festa. Porque eu nunca sei como vai ser o dia amanhã”.
“Se 12 malucas saíram de casa, cada uma com sua história, para dar entretenimento para vocês lá da Colômbia, acolham, critiquem, celebrem. Mas façam com prudência. Jamais usem das vulnerabilidades de outras pessoas para tecer comentários que flertam com crimes de ódio.
Não é a forma como eu vivo a arte do transformismo. Muito me preocupa que ainda existam grupos que se organizam em volta do ódio para vomitar ‘opiniões’ contra qualquer uma de nós.
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