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Nina Flowers sofre com varíola do macaco

“Varíola do macaco, alguns têm leve, mas outros, como eu, tiveram pesada”, posta Nina Flowers após revelar que há duas semanas tem sofrido com a infecção. Leia o relato completo a seguir.

🕓 4 min de leitura

Nina Flowers, competidora das primeiras temporadas de RuPaul’s Drag Race e All Stars, postou em suas redes que há duas semanas tem vivido em agonia devido à varíola do macaco, confira a seguir o relato da rainha.

“Amigos, depois de duas semanas de agonia devido à varíola do macaco, estou feliz em anunciar que os remédios entraram em ação e minha pele está voltando à vida. Hoje não há vestígios da pele danificada e meu médico me autorizou a voltar à sociedade. Obrigado a todos que compartilharam amor [comigo] durante esse período difícil com um comentário, uma mensagem ou até uma ligação. Agradeço a cada um de vocês por me fazer sorrir em um momento de dor e desespero. Varíola do macaco, alguns têm leve, mas outros como eu tiveram pesada”.

“Se você sentir algum sintoma, não perca tempo e procure atendimento imediatamente. Quanto mais cedo você receber os remédios, melhor. Dentro de uma semana estarei totalmente recuperada e com força total para o resto da minha turnê. Em breve voltaremos a dançar juntos. Desejo a todos um ótimo resto de semana e obrigada novamente por todo o pensamento positivo”.

Nina é a segunda RuGirl que revela ter sido infectada com varíola do macaco, anteriormente TKB postou em suas redes estar se tratando pela doença, leia aqui.

VARÍOLA DO MACACO

O QUE É?

O que é a varíola dos macacos? É uma zoonose viral, isto é, uma doença infecciosa que passa de animais para humanos, causada pelo vírus de mesmo nome (varíola dos macacos). Este vírus é membro da família de Orthopoxvirus, a mesma do vírus da varíola, doença já erradicada entre os seres humanos.

COMO É A TRANSMISSÃO?

A varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas —a proximidade é fator necessário para o contágio. Sendo assim, a doença ocorre quando o indivíduo tem contato muito próximo e direto com um animal infectado (acredita-se que os roedores sejam o principal reservatório animal para os humanos) ou com outros indivíduos infectados por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.

A transmissão pode ocorrer também pelo contato com objetos contaminados com fluídos das lesões do paciente infectado —isso inclui contato a pele ou material que teve contato com a pele, por exemplo as toalhas ou lençóis usados por alguém doente.

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QUAL É O RISCO DE PEGAR A DOENÇA EM ATIVIDADES DO DIA A DIA?

A transmissão da doença se dá por contato próximo com uma pessoa infectada, especialmente se há contato com essas lesões. Entenda a seguir qual é o risco de pegar o monkeypox em diferentes atividades do cotidiano:

  1. Práticas sexuais aumentam o risco de contágio pelo contato íntimo e prolongado;
  2. Beijo, massagem e esportes corpo a corpo apresentam risco, pois podem promover contato direto com as feridas;
  3. Tocar em lençóis, roupas e toalhas contaminados: potencial via de contágio;
  4. Risco é baixo em conversas casuais;
  5. É improvável se contaminar ao tocar em maçanetas ou experimentando roupas;
  6. No transporte público ou no avião, risco depende de contato direto com lesões;
  7. Em aglomerações, risco pode ser maior.
PREVENÇÃO

Existem pelo menos oito medidas que diminuem o risco de infecção ou ao menos evitam a transmissão do vírus para outras pessoas. Veja abaixo:

  1. Ficar atento aos sintomas e buscar atendimento médico;
  2. Evitar o contato próximo com pessoas infectadas ou com suspeita de infecção: nada de toque, beijo ou sexo;
  3. Limitar o número de parceiros sexuais;
  4. Evitar compartilhamento de objetos, incluindo roupas de cama e toalhas;
  5. Não estigmatizar a doença: qualquer pessoa pode contrair o vírus;
  6. Usar máscaras;
  7. Cobrir braços e pernas em aglomerações;
  8. Higienizar as mãos.
SINTOMAS

A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas inespecíficos e semelhantes a um resfriado ou gripe. Em geral, de a 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem as lesões cutâneas (na pele), que são chamadas de exantema ou rash cutâneo (manchas vermelhas). Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo.

Elas vêm acompanhadas de prurido (coceira) e aumento dos gânglios cervicais, inguinais e uma erupção formada por pápulas (calombos), que mudam e evoluem para diferentes estágios: vesículas, pústulas, úlcera, lesão madura com casca e lesão sem casca com pele, completando o processo de cicatrização. Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam —as casquinhas contêm material viral infeccioso— e que a pele esteja completamente cicatrizada.

Os casos atuais têm apresentado alguns elementos atípicos, como a ausência dos sintomas de mal-estar iniciando o quadro clínico, e também manifestações como edema peniano e dor intensa na região do reto.

QUAL O TEMPO DE INCUBAÇÃO DO VÍRUS?

O tempo de incubação – intervalo entre o contato com uma pessoa infectada e o aparecimento do primeiro sintoma— é entre 5 e 21 dias.

QUAL O TRATAMENTO?

varíola dos macacos tende a ser leve e, geralmente, os pacientes se recuperam em algumas semanas sem tratamento específico, apenas com repouso, muita hidratação oral, medicações para diminuir o prurido e controle de sintomas como febre ou dor. Existem medicamentos antivirais, como o tecovirimat e o cidofovir, que podem ser usados em pessoas sob risco de complicações, mas que não são facilmente disponíveis comercialmente.

ATÉ QUANDO A PESSOA TRANSMITE A DOENÇA?

O período de maior transmissão se dá quando surgem as lesões de pele. As feridas podem levar até 40 dias para secarem completamente e, depois disso, da cicatrização total, a pessoa deixa de transmitir.

Para mais informações sobre a varíola do macaco acesse: VivaBem.

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