Recentemente, Trinity K Bonet, rainha que passou por RuPaul’s Drag Race 6 e All Stars 6, foi diagnosticada com varíola do macaco e usou suas redes para informar seus seguidores sobre seu estado de saude. Confira a seguir o que a rainha postou.
Instagram – 21 de agosto (aqui)
“Bem… minha jornada de varíola do macaco começa! Onde ou quando [termina] só Deus sabe….Eu estive ao redor do mundo e voltei [para os Estados Unidots]…Sexta-feira começou a não me senti bem e agora estamos aqui…Mas eu tentei ficar o mais segura possível e apenas há uma semana da minha segunda vacina…. Manterei vocês atualizados. Estou sem trabalhar por um tempo e perdendo shows, então se você quiser me abençoar, agradeço muito… até agora estou bem e de bom humor… nada de louco ainda! É a vida real aqui fora vocês! Se cuidem!”
Instagram – 27 de agosto (aqui)
“Então varíola do macaco… Esses últimos dez dias foram uma jornada! Eu vi meu rosto e meu corpo mudarem em questão de horas! Muito científico rs. Eu gostaria de pensar que tenho a melhor versão desse vírus, pois não sofri muito. Mas quando dói dói e quando eu disse que estava bem, não estava! Neste ponto, as feridas se formaram e se espalharam, então agora é hora de curar mais alguns dias e ficarei linda novamente. Posto isso porque quero que minha comunidade saiba que esse vírus não tem favoritos e não acredito que peguei por sexo! A única vez na vida que posso dizer que não foi rsrsrs. Proteja-se de todas as formas! Lave as mãos, não pegue dinheiro de gorjeta! Use cartões… está quase acabando, mas não desejo isso para ninguém! Eu estou vindo a público sobre isso porque eu sei quem somos, então eu tenho que ver para acreditar no tipo de geração que somos ou que não podemos ser destruídos… queridos… este é um verdadeiro lembrete de que isso é uma mentira e somos todos humanos! Eu amo meus fãs, amigos e familiares porque vocês me amam, então não ignorem esse vírus! As pessoas ainda estão tentando [me] ajudar, então, se você puder, qualquer coisa é necessária. Você não percebe quanto falta sente do trabalho até não conseguir se mexer. Amo vocês e se tiverem dúvidas minha DM está aberta! E VACINE-SE! Também postei informações e produtos que tenho usado para passar por isso! Obs: Eu vou me curar lindamente e voltar em um piscar de olhos… Uma vez que você consegue, é isso, graças a Deus! Vejo vocês no futuro”.
Nesta segunda postagem, a rainha postou imagens sobre o que é a varíola do macaco, sintomas e marcas que deixa pelo corpo, além da medicação e produtos que tem usado para se tratar.
Em cada um dos posts TKB postou dados das contas para as quais seus seguidores podem fazer doações para ela:
- PayPal: trinitybonet79@gmail.com
- Venmo: trinitykbonet
VARÍOLA DO MACACO
O QUE É?
O que é a varíola dos macacos? É uma zoonose viral, isto é, uma doença infecciosa que passa de animais para humanos, causada pelo vírus de mesmo nome (varíola dos macacos). Este vírus é membro da família de Orthopoxvirus, a mesma do vírus da varíola, doença já erradicada entre os seres humanos.
COMO É A TRANSMISSÃO?
A varíola dos macacos não se espalha facilmente entre as pessoas —a proximidade é fator necessário para o contágio. Sendo assim, a doença ocorre quando o indivíduo tem contato muito próximo e direto com um animal infectado (acredita-se que os roedores sejam o principal reservatório animal para os humanos) ou com outros indivíduos infectados por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas do sistema respiratório.
A transmissão pode ocorrer também pelo contato com objetos contaminados com fluídos das lesões do paciente infectado —isso inclui contato a pele ou material que teve contato com a pele, por exemplo as toalhas ou lençóis usados por alguém doente.
QUAL É O RISCO DE PEGAR A DOENÇA EM ATIVIDADES DO DIA A DIA?
A transmissão da doença se dá por contato próximo com uma pessoa infectada, especialmente se há contato com essas lesões. Entenda a seguir qual é o risco de pegar o monkeypox em diferentes atividades do cotidiano:
- Práticas sexuais aumentam o risco de contágio pelo contato íntimo e prolongado;
- Beijo, massagem e esportes corpo a corpo apresentam risco, pois podem promover contato direto com as feridas;
- Tocar em lençóis, roupas e toalhas contaminados: potencial via de contágio;
- Risco é baixo em conversas casuais;
- É improvável se contaminar ao tocar em maçanetas ou experimentando roupas;
- No transporte público ou no avião, risco depende de contato direto com lesões;
- Em aglomerações, risco pode ser maior.
PREVENÇÃO
Existem pelo menos oito medidas que diminuem o risco de infecção ou ao menos evitam a transmissão do vírus para outras pessoas. Veja abaixo:
- Ficar atento aos sintomas e buscar atendimento médico;
- Evitar o contato próximo com pessoas infectadas ou com suspeita de infecção: nada de toque, beijo ou sexo;
- Limitar o número de parceiros sexuais;
- Evitar compartilhamento de objetos, incluindo roupas de cama e toalhas;
- Não estigmatizar a doença: qualquer pessoa pode contrair o vírus;
- Usar máscaras;
- Cobrir braços e pernas em aglomerações;
- Higienizar as mãos.
SINTOMAS
A doença começa com febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares, ou seja, sintomas inespecíficos e semelhantes a um resfriado ou gripe. Em geral, de a 1 a 5 dias após o início da febre, aparecem as lesões cutâneas (na pele), que são chamadas de exantema ou rash cutâneo (manchas vermelhas). Essas lesões aparecem inicialmente na face, espalhando para outras partes do corpo.
Elas vêm acompanhadas de prurido (coceira) e aumento dos gânglios cervicais, inguinais e uma erupção formada por pápulas (calombos), que mudam e evoluem para diferentes estágios: vesículas, pústulas, úlcera, lesão madura com casca e lesão sem casca com pele, completando o processo de cicatrização. Vale ressaltar que uma pessoa é contagiosa até que todas as cascas caiam —as casquinhas contêm material viral infeccioso— e que a pele esteja completamente cicatrizada.
Os casos atuais têm apresentado alguns elementos atípicos, como a ausência dos sintomas de mal-estar iniciando o quadro clínico, e também manifestações como edema peniano e dor intensa na região do reto.
QUAL O TEMPO DE INCUBAÇÃO DO VÍRUS?
O tempo de incubação – intervalo entre o contato com uma pessoa infectada e o aparecimento do primeiro sintoma— é entre 5 e 21 dias.
QUAL O TRATAMENTO?
varíola dos macacos tende a ser leve e, geralmente, os pacientes se recuperam em algumas semanas sem tratamento específico, apenas com repouso, muita hidratação oral, medicações para diminuir o prurido e controle de sintomas como febre ou dor. Existem medicamentos antivirais, como o tecovirimat e o cidofovir, que podem ser usados em pessoas sob risco de complicações, mas que não são facilmente disponíveis comercialmente.
ATÉ QUANDO A PESSOA TRANSMITE A DOENÇA?
O período de maior transmissão se dá quando surgem as lesões de pele. As feridas podem levar até 40 dias para secarem completamente e, depois disso, da cicatrização total, a pessoa deixa de transmitir.
Para mais informações sobre a varíola do macaco acesse: VivaBem.