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Drag Queens denunciam documentário “Livre Estou”

Drag queens denunciam documentário “LIVRE ESTOU: O MUNDO DRAG NA FESTA FEJÃO” devido a forma desrespeitosa e antiética de sua filmagem, que colocou em risco as pessoas na boate e que foi publicado sem autorização do uso de imagem de vários envolvidos.

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Drag queens denunciam documentário LIVRE ESTOU: O MUNDO DRAG NA FESTA FEJÃO devido a forma desrespeitosa e antiética de sua filmagem, que colocou em risco as pessoas da boate e que foi publicado sem autorização do uso de imagem de vários envolvidos. Confira a seguir a denúncia feita por Ginger Moon nas redes sociais.

TRANSCRIÇÃO DA THREAD:

“AJUDEM A DENUNCIAR

Olha meus amigos sabem o quanto eu estou tentando trabalhar essa cultura do cancelamento dentro de mim, porque eu realmente não acho que resolva tudo. Mas vou contar uma coisa aqui, em outubro de 2019 uma produção entrou em contato com a festa Fejão dizendo que queria fazer um documentário sobre festas LGTBQI, super legal, era uma produção grande, de uma diretora famosa, inclusive, a Buba que é dona da festa aceitou pq claro seria muito legal pra divulgar.

Chegou o dia da gravação e só no dia falaram que contrataram um ator que faria um personagem hétero indo numa festa LGBTQI pela primeira vez e etc, tá. Esse tal ator começou a ser extremamente grosseiro com todos os entrevistados, fazendo perguntas do tipo: você nasceu homem ou mulher? Qual seu nome de nascença? Pra pessoas trans que estavam na festa.

Rolou também q uma pessoa da prod ia performar na festa e queria usar aqueles negócio que vc coloca fogo e sai um monte de fumaça colorida, e novamente só avisaram no dia, e a fejao nem a casa deixaram por ser um espaço fechado, o que eles fizeram? Esconderam o negócio em baixo da roupa e acenderam mesmo assim, fazendo um monte de gente passar mal. Quando a DONA DA FESTA foi rebater o porquê eles tinham feito isso, sendo que ela não tinha deixado, a produção começou a GRITAR com ela e a gravar ao mesmo tempo, fazendo mais perguntas inconvenientes para ela.

A dona da festa e mais um monte de gente não assinaram o termo de imagem por conta do desrespeito que eles tiveram, e eles postaram o doc há dias atrás mesmo assim, aqui o link:

https://youtu.be/49dj80PS-i4

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Ajudem a denunciar, comentar e parar de deixar essa gente rir às nossas custas. Nos trataram feitos animais em zoológicos e nas mídias querem pagar de desconstruidoes. É ISSO!”.

Sobre a falta de autorização de imagem, um seguidor falou que Ginger poderia processar os realizadores por uso indevido de imagem, a rainha respondeu o seguinte a ele:

“Então miga, infelizmente algumas [drags] assinaram, mas não todas. Assinaram porque passaram uma ideia totalmente diferente do que aconteceu nesse doc. As pessoas que não assinaram entraram em contato com advogados, mas por conta da pandemia…difícil ir pra frente agora”.

O relato de Ginger Moon foi postado originalmente no Twitter.

No instagram da Festa Fejão foi postado um áudio da conversa entre a organizadora do evento e a diretora do documentário, uma conversa que foi “não pela retirada do vídeo e sim para um suposto diálogo que querem fazer (em formato de live) entre eu e todos os membros da equipe de produção desse tal doc… Não quero papo com o produtor que gritou e foi grosseiro comigo, não quero papo com a drag que foi conivente com tudo, não quero papo com ninguém dessa produção que usou nossa imagem e enganou todos nós. Quero que tirem o vídeo do ar!!! Agradeço ao apoio de todes vocês”.

As drag queens e demais pessoas que aparecem na obra agradecem todo apoio que estão recebendo e pedem que denunciem o vídeo diretamente no YouTube para que a plataforma o tire do ar.

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ATUALIZAÇÃO: A diretora do documentário informou que o vídeo será retirado do ar em nota, com pedido de desculpas, feita no YouTube:

“Eu e a equipe do UOL decidimos retirar o curta Livre Estou do ar. Reconhecemos que parte das pessoas apresentados no filme sentiu que tanto elas quanto a cena de que são parte não foram retratadas à altura do respeito e cuidado que elas próprios dedicaram à construção daquele espaço. Entendendo que a mistura de ficção e documentário – que se vale também de improvisos por parte do ator que faz o personagem Yaco – compromete a integridade simbólica daquele espaço de acolhimento, criação, proteção e alegria. Peço desculpas a todas as pessoas que ofendi. Eu continuo na busca por esse conhecimento. Estou refletindo a melhor maneira de processar as decorrências desse filme de modo a expressar a admiração, o respeito e o entusiasmo por essas pessoas e por essa cena. Importante ressaltar que nós seguimos os processos adequados e todos os personagens retratados assinaram as autorizações de uso de imagem. Manteremos um canal de comunicacão aberto nesse e-mail: uolmovdoc@gmail.com”.

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