Eduardo Albarella, mais conhecido como Miss Biá, uma das drags queens pioneiras no Brasil, com 60 anos de carreira, morreu nesta quarta-feira (3) em São Paulo vítima do novo coronavírus. A informação foi confirmada por sua sobrinha.
Segundo Adriana do Nascimento, Albarella estava internado há cerca de dez dias por causa da Covid-19 e faleceu nesta manhã, aos 80 anos.
A notícia foi recebida com tristeza entre artistas LGBT+. A drag queen Ikaro Kadoshi disse ao ao G1:
“Temos um ditado entre nós de que ‘quando uma de nós morre, nós morremos um pouco’. Com a perda da Miss Biá ouso dizer que só hoje perdemos muito! Ela era o símbolo da luta, resistência e amor pela arte do transformismo/drag queen. Venceu inúmeras barreiras. Desafiou a ditadura, o tempo, as gerações. Ela era assim, destemida. Uma força da natureza cheia de luz. Um farol em mar revolto. Ficamos, todos nós, sem direção.”
A Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que organiza o evento, emitiu uma nota de pesar:
“Miss, Biá, persona de Eduardo Albarella de 80 anos, começou na arte do transformismo no início da década de 60 e não parou mais. Arte, irreverência e bom humor. Estamos em luto. A saudade estará sempre presente”, diz o texto.
Drags queens ícones do Brasil usaram as redes sociais para fazer homenagens a Miss Biá, Como Silvetty Montilla.
E também Alexia Twister.
Esta é uma grande perda para nossa comunidade. Desejo meus sentimentos à família e amigos de Miss Biá.
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