Foi ao ar o penúltimo episódio da primeira temporada de RuPaul’s Drag Race UK! A seguir posto meus comentários e análise do que rolou. Contém spoilers.
As rainhas voltam para a sala de trabalhos e lamentam a eliminação de Blu Hydrangea, a drag com carinha de anjo, mas com a língua mais venenosa da sala de trabalhos.
Para Cheryl Blu não deveria ter dublado e sim Baga Chipz… Bem, essa é a opinião de 99% dos espectadores de DRUK também. All T, All Shade!
MINI DESAFIO
O mini-desafio será um festival de insultos com a volta dos fantoches, YASSSSSS! As rainhas pegam bonecos aleatórios que representam suas rivais, precisam transformá-los nas drags designadas e fazer um digno roast britânico.
Mama Ru então dá a vitória do mini-desafio para Divina é anuncia o desafio da semana: uma transformação Drag nas mulheres mais importantes da vida das rainhas, suas mães e irmãs. Como sempre o desafio de makeover é sobre semelhança familiar entre as drags e suas convidadas, além de uma performance no palco principal.
As duplas: Baga Chipz e sua mãe, Josie. Cheryl Hole e sua irmã, Gina. Divina de Campo e sua irmã, Carys. The Vivienne e sua mãe, Cassie.
SALA DE TRABALHOS
Depois de mama Ru sair, as rainhas e suas familiares aproveitam para colocar o papo em dia. Contar sobre como estão indo na competição e matar a saudade.
Depois do abraço em Plastique Tiara na S11, agora mama Ru deu um caloroso aperto de mão na mãe de Baga. Qual o equivalente ao Emmy no Reino Unido mesmo? Ah sim, o BAFTA (SHADE).
Aparentemente, Cheryl tem vantagem no desafio, por ela e sua irmã serem as mais semelhantes… veremos! Foi bacana descobrir que foi a irmã de Hole que a ensinou a se maquiar. Família unida em Drag desde sempre!
Enquanto Divina é Cheryl conseguem fazer suas irmãs desfilarem muito bem em salto alto, investindo bastante na performance da dupla; Baga e Vivienne focam na semelhança familiar, pois sabem que suas mães não conseguiram se apresentar da mesma forma.
É um desafio bem emocional, pois as rainhas estão lidando com pessoas que amam, ou seja, todas querem dar o seu melhor para deixar sua dupla orgulhosa.
Por conta de um zíper arrebentado no look de sua irmã, Cheryl Hole acha que todo seu desafio está comprometido.
Então as rainhas se preparam para o desafio principal. Enquanto montam suas mães e irmãs, ela comentam o poder de se transformarem em drags, pois se sentem mais confiantes e verdadeiras heroínas.
DESAFIO PRINCIPAL
Michaela Coel é tudo para mim, AMO! AMO! AMO!
Makeover é um dos desafios que mais amo e esse com certeza foi um dos melhores da história do programa. Muito difícil escolher quem deveria ser bottom2. Se não fosse o penúltimo episódio da temporada eu salvaria todas as Queens e faria mais um episódio para escolher o top3, porque foi uma tarefa difícil.
Contudo, a forma com que Baga falava da própria mãe, apontando inúmeros defeitos em seu corpo para justificar sua montação, me deu vontade de jogá-la sozinha no bottom2. Faltou um pouco de empatia e compaixão com a própria mãe que acabou se culpando no “Untucked” pelo fracasso de Baga no desafio. Fora isso foi lindo ver drags e suas familiares celebrando no “Untucked” o resultado final de suas transformações e demonstrando todo amor que sentem umas pelas outras.
Mas como não sou RuPaul e não decido os rumos do show, mama deu a vitória para Divina de Campo e jogou Baga e Cheryl no palco para dublar.
MELHOR LIPSYNC DA TEMPORADA SIM!
Baga recebeu shantay e Cheryl sashay away!
E aqui temos o top3 da S1 de DRUK: Baga Chipz, Divina de Campo e The Vivienne.
CONCLUSÃO
Sobre Baga neste episódio: pelo que entendi ela não culpou a própria mãe diretamente, mas por ver que tinha se dado mal no desafio, arrumou mil desculpas para se safar e jogou nas costas da mãe a responsabilidade que era apenas dela mesma, da Baga. Depois não quis assumir que desrespeitou a própria mãe no palco e continuou dando desculpas esfarrapadas. Não se desculpou sinceramente e ficou argumentando que as drags não sabem do relacionamento das duas, por isso não deveriam julgá-la. Ainda bem que The Vivienne e Divina foram sensatas e disseram a Josie que ela arrasou. No desafio, mesmo o filho fazendo parecer que ela foi a culpada por algo. Sei que é um programa de TV mega roteirizado e armado, mas me decepcionei bastante com essa postura de Baga com a própria mãe.
Saudades Alan Carr, achei que tinha sido expulso que nem a Willam na S4… E que bancada perfeita, foi pura diversão. É perceptível que RuPaul e Michelle Visage se divertiram muito gravando Drag Race no Reino Unido.
Depois de passar semanas parecendo uma versão genérica de Alyssa, finalmente vi a Cheryl por debaixo dessa personificação da Edwards. A Queen não estava a altura das demais na competição, sua eliminação foi justa. Cheryl amou estar ali, mesmo sem vencer. Diferentemente de drags em outras temporadas de RPDR que ficam chorando em todo canto por não vencer nada… Desejo que aqui fora seu sucesso seja grande.
Os terninhos de mama Ru foram um show a parte nesta temporada! Amei demais todos eles, mas o de hoje é o meu favorito disparado.
Foi um episódio muito fofo de assistir. Amei ver as rainhas interagindo com suas mães e irmãs, pois era perceptível o nível de intimidade e apoio que elas recebem de seus familiares. Um ambiente repleto de amor e respeito assim é tudo que nós LGBTs precisamos, mas que infelizmente para muitos ainda é um sonho.
Este top3 é de longe o mais forte da temporada, desde o início eu já imaginava que a formação seria esta com Baga, Divina é Vivienne entre as melhores.
Mesmo tendo sido protegida em diversas ocasiões, Baga mereceu seu lugar ao lado das demais com seu humor sem reservas; Vivienne com sua polidez invejável e Divina com toda sua teatralidade impecável. Um trio poderoso em que qualquer uma das três merece levar a coroa da primeira temporada de RuPaul’s Drag Race UK. E aí, para quem vai sua torcida?
O episódio foi bom, na medida certa, mesmo com o papelão da Baga Chipz, então ele merece 4,5 coroas.
Veja os looks individuais do desafio principal aqui:
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