Em junho, mês do Orgulho LGBT, a PRIDE contou com vozes proeminentes na comunidade LGBTQ para trabalhar como editores convidados para o site – e uma das editoras convidadas foi a já lendária participante de RuPaul’s Drag Race, The Vixen!
Depois de uma corrida controversa na 10ª temporada, The Vixen é uma das rainhas mais comentadas de todo reality. Enquanto ela talvez tenha arrancado algumas penas, a queen não se arrepende de nada.
Durante uma semana, The Vixen discutiu temas como a sua participação em Drag Race, Chicago, raça, Black Girl Magic e muito mais.
Na primeira matéria deste especial The Vixen fala sobre o Orgulho LGBT e o que isso significa para ela!
Quando penso em Orgulho Gay, quase parece algo dado. Eu acho que me concentrei em ser uma drag queen por tanto tempo que às vezes eu me esqueço que sou gay. É como isso é algo garantido para mim.
Eu esqueci que até mesmo ser gay em algum momento era algo que precisava ser validado. Minha sexualidade é quase secundária à minha forma de arte agora, porque não penso muito nisso. Eu não o exercito tanto quanto faço minha identidade como drag queen ou como artista e performer. O que eu acho que é um bom passo em progresso, que eu não tenho que pensar em ser gay todos os dias. Eu acordo e tenho que pensar em cabelo e perucas e maquiagem.
Eu acho que é o objetivo: se sentir tão confortável que você não precisa pensar.
Ser uma drag queen, as dificuldades de fazer drag supera o fardo de ser gay. Drag queens dizem isso o tempo todo: você sai do armário duas vezes. Você tem que se revelar gay para seus pais e então você tem que se revelar como uma drag queen. Nenhum deles é fácil e ambos levam tempo para se acostumar.
Para a maioria da minha família, não foi nenhuma surpresa. A minha vida toda eu sempre fui uma artista. Mesmo vendo minha professora da escola dominical no casamento da minha mãe, ela mencionou como eu iria me apresentar na sala de estar da minha avó com meus lenços ao redor da minha cabeça e da minha cintura, fazendo imitações de Tina Turner.
Drag sempre esteve aí, só esperou que eu ficasse velha o suficiente para performar.
A única pessoa na minha família que teve que aceitar isso foi minha mãe, e não porque ela não aceitava. Porque ela estava preocupada com minha segurança.
Pais de garotos negros se preocupam o suficiente sobre você ser um garoto negro. Quando os tiroteios da polícia se tornaram mais frequentes (especialmente em Chicago), eu postava o tempo todo que me sinto mais segura andando de trem montada in drag do que indo desmontada sendo um homem negro.
Mesmo em torno de outros homens negros porque… Eu não sei o que é essa energia. Se estou no trem e vejo outro garoto negro, ambos somos condicionados a pensar que o outro é de alguma forma agressivo. E assim nós estamos de alguma forma atuando. É aquela coisa masculina em que você está tentando afastar alguém. Mas se eu estivesse no trem e um negro passasse, ele provavelmente olharia para mim, desviaria o olhar e continuaria falando sobre seus negócios. É uma coisa estranha que uma drag queen esteja mais segura neste mundo do que um homem negro.
Eu acho que essa é a grande coisa com os pais. Qual a sua qualidade de vida? Você vai estar em perigo por causa disso? Você vai sair na rua?
Foi o ponto em que eu comecei, não apenas recebendo shows, mas ganhei um prêmio com a Campanha pelos Direitos Humanos para ativismo, e minha mãe veio e havia banners com meu nome e pessoas querendo me conhecer e a Michelle Williams da Destiny’s Child estava lá.
Isso foi um ponto de virada para ela, quando ela percebeu que ser gay não seria um prejuízo para mim na vida. Que eu poderia realmente trabalhar isso a meu favor de uma maneira. Isso realmente mudou sua visão.
Então, na vez seguinte que eu estava me maquiando, ela disse: “Bem, por quê você nunca faz os meus olhos?” E eu fiquei tipo “Oh Deus, quem é você?”
Fique ligada no site para a próxima matéria do Especial do Orgulho LGBT com The Vixen para a Pride.
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