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Ongina se manifesta sobre Grindr compartilhar sorologia HIV de seus usuários com terceiros

🕓 3 min de leitura

A denúncia foi originalmente feita pela ONG norueguesa SINTEF e publicada pelo site Axios. A informação sobre HIV era enviada pelo Grindr junto com dados de GPS, telefone e e-mail do usuário, para duas companhias contratadas para monitorar como o programa é usado e desenvolver formas de aprimorá-lo.

O SINTEF explicou que, desta forma, seria possível identificar os usuários. “O status de HIV estava ligado a todo resto, esse é o principal problema”, disse a organização ao site BuzzFeed.

O Grindr confirmou que, de fato, compartilhava estes dados com as empresas Apptimize e Localytics e, em um comunicado enviado à BBC Brasil, defendeu que essa é uma prática comum na indústria de aplicativos para lançar novas funcionalidades e resolver problemas.

“Qualquer informação que fornecemos a nossos parceiros de software, inclusive o status de HIV, é criptografada, e em nenhum momento compartilhamos dados sensíveis como o status de HIV com anunciantes”, disse a empresa.

Antoine Pultier, cientista da SINTEF que detectou o envio desses dados, explicou à BBC Brasil que conseguiu “quebrar a criptografia” usada para garantir a segurança das informações. “Criamos dois usuários falsos e, com a ajuda de um computador, um programa e dois celulares, interceptamos a transmissão das informações.”

O Grindr não esclareceu se dados de usuários brasileiros também eram compartilhados com terceiros. Diante da polêmica, a empresa anunciou ter parado de enviar essas informações para outras empresas.

“Esse é mais um incidente de uma série que faz aumentar ainda mais a preocupação com a forma como dados pessoais são coletados, armazenados e usados por várias plataformas”, diz Carlos Affonso, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio).

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“Neste caso, a diferença é que ser portador do vírus HIV é uma das informações mais sensíveis que se pode ter, e isso requer um tratamento especial.”

Informações da BBC Brasil.

Declaração de Ongina

Ongina, drag queen que declarou na primeira temporada de RuPaul’s Drag Race ser HIV+ e hoje é uma ativista em prol de pessoas soropositivas, usou seu twitter para se manifestar contra tal prática do Grindr.

“Discutimos isso em nosso podcast, hoje, e é muito preocupante que o Grindr faça isso. Eu sei que é um site público e os usuários têm a opção de compartilhar ou não seus status, mas duvido que eles soubessem que seriam compartilhados fora do aplicativo Grindr. Isso coloca as pessoas em risco… (pt1)

(Pt2) Para alguns que divulgam seu status soropositivo em aplicativos de namoro como Grindr é um grande passo. Especialmente com o estigma, mas acho ótimo ser franco e honesto, para que ambas as partes possam ter um bom e saudável sexo (ou relacionamento). Mas compartilhar essa informação com terceiros não é legal.

Por fim, trabalhei para essa empresa no passado e tive a melhor interação com sua equipe. Mas infelizmente não concordo com essa prática”.

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